O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) afirmou esta terça-feira que os aumentos salariais devem ser negociados em função das condições das empresas, de acordo com a inflação ou em função dos aumentos definidos para as prestações sociais, nota a Lusa.
«Iremos até onde as estruturas de contas das próprias empresas ou dos sectores de actividade onde se inserem permitirem, porque temos realidades diferentes», afirmou
António Saraiva, questionado sobre os aumentos salariais, à margem de um debate na Associação Comercial de Lisboa, que contou também com a participação do secretário geral da CGTP, Carvalho da Silva
Na segunda-feira, o dirigente patronal tinha defendido que a fixação do Salário Mínimo Nacional (SMN) nos 500 euros, prevista para 2011, devia ser adiada para 2013 ou 2014, e hoje reafirmou a necessidade de «recalendarizar» este objectivo.
«As empresas que tenham condições e que possam fazê-lo, devem fazê-lo, mas não se pode impor por decreto essas obrigações às empresas que não podem», salientou.
O presidente da CIP defendeu que «as empresas que estão bem, devem aumentar (os salários) de acordo com os valores da inflação», e que «as que estão mal devem fazer um esforço acrescido» e acompanhar o Governo no valor que este vier a definir para as prestações sociais.
António Saraiva admitiu ainda que, «ao longo do ano, com a avaliação da economia e da realidade concreta de cada caso» se possa «ir crescendo salarialmente».
Patrões disponíveis para aumentos salariais mas...
- Redação
- LF
- 28 set 2010, 18:45
Confederação da Indústria Portuguesa diz que aumentos salariais devem ser negociados em função das condições das empresas
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