Saída do euro pode custar 11 mil euros por pessoa - TVI

Saída do euro pode custar 11 mil euros por pessoa

Euros - Lisi Niesner (Reuters)

Nos anos seguintes, cada português teria de pagar entre 3 a 4 mil euros anualmente

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A saída de um pequeno país do euro podia custar entre 9.500 e 11.500 euros por pessoa nesse país no primeiro ano, estimou esta terça-feira o banco UBS, que alertou para possibilidades de guerra nesse caso.

«O custo de um país fraco sair do euro é significativo. As consequências incluem incumprimento soberano, incumprimento de empresas, o colapso do sistema bancário e o colapso do comércio internacional», escreveu o banco suíço num documento com o título «A separação do euro - As consequências».

Nos anos a seguir à saída do euro, as pessoas de um país nessa situação teriam de pagar entre três a quatro mil euros anualmente, com «poucas perspectivas de a desvalorização [da moeda] oferecer muita ajuda», alertou a instituição, que fez a ressalva de que as probabilidades do desaparecimento do euro são perto de zero.

Os custos económicos seriam o menor dos males para os investidores em caso de ruptura da moeda única, explicaram os analistas do UBS, lembrando que nenhuma união monetária moderna se separou «sem alguma forma de governo autoritário ou militar, ou guerra civil».

O UBS é bastante claro na análise que faz da situação actual: «O euro não devia existir como está constituído neste momento», uma vez que acarreta «mais custos económicos do que benefícios para, pelo menos, alguns dos seus membros».

Por outro lado, o banco suíço estimou que o preço da saída da Alemanha do euro seria de seis a oito mil euros por ano para cada cidadão daquele país, só no primeiro ano.

«Acreditamos que um tipo de união fiscal (ou confederação fiscal, que tem uma sonoridade reconfortantemente suíça) vai ser precisa para salvar o euro», consideram os autores do documento de pesquisa do banco, que lembram que os custos económicos de separar a Zona Euro são «altos e extremamente danificadores», enquanto os políticos são demasiado grandes para quantificar.

Os analistas do UBS concluem o documento com uma pergunta aos investidores: «Como podem os investidores investir se acreditarem numa separação, mesmo que de baixa probabilidade? A resposta simples é não podem» e se acreditarem mesmo nesse acontecimento então a solução é não possuir bens em euros de todo.

Portugal e Grécia são os países com maior risco de sair do euro

Para o economista Nouriel Roubini, «alguns dos membros mais fracos da união monetária poderão decidir abandonar o euro num espaço de três a cinco anos». O professor vai mais além e diz mesmo que Grécia e Portugal são, na sua avaliação, os países em maior risco de sair da área do euro.
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