Viagens low cost já superam voos da TAP

Uma em cada três viagens com destino ao Porto e ao Norte de Portugal é realizada através de voos de companhias de baixo custo, lideradas pela Ryanair. Isto depois de em Novembro do ano passado, a TAP ter estado no topo das preferências de 27,1% dos turistas.



Apesar de o desempenho da transportadora ter melhorado 2%, a TAP deslizou para o segundo lugar, aponta um estudo realizado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo. A França (22,4%) reforçou a posição de principal mercado emissor de turistas que chegam ao Porto e Norte de Portugal para passar férias. No segundo e terceiro posto surgem agora Espanha (13,2 %) e Brasil (11%). Para trás ficaram a Alemanha e a Bélgica.



«Nunca havia visitado a região anteriormente, efectua a reserva com uma antecedência igual ou superior a três semanas e expressa vontade de regressar e até de recomendar o destino». É este o perfil de quem visita aquela região, quase sempre com o intuito de passar férias, segundo esta análise efectuada nos primeiros três meses do ano, a 558 turistas.



A Internet é a plataforma mais utilizada para a marcação das viagens. Sete em cada 10 viajantes preferem recorrer a esta ferramenta para agendar férias, o que representa um aumento de 15 % face ao ano passado.



Viagens de negócios é com a TAP



Apesar de ter cedido o primeiro lugar às companhias low cost, a TAP continua a assegurar 57% dos voos de negócios. «O facto da EasyJet e da Ryanair serem responsáveis apenas por 7% das viagens, evidencia a baixa popularidade das companhias de baixo-custo junto do segmento executivo».



O mesmo estudo revela ainda que o vencimento da maioria dos «turistas» que viajam por razões de negócios (52,7%) oscila entre os 2 mil e os 4 mil euros. Mas apenas um em cada quatro gasta mais de 500 euros durante a visita à região.



Crise provocou aperto do cinto



O consumo dos turistas em período de férias está, de facto, mais contido. «A maioria dos viajantes despende, em média, 670 euros durante a estada na região, valor que traduz uma quebra de 173 euros face à quantia média dispendida por cada turista no ano anterior».



O estudo foi elaborado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ERTPNP) e com o Aeroporto Francisco Sá Carneiro.