Está desempregado? Pode ficar doente... - TVI

Está desempregado? Pode ficar doente...

Desemprego

Advertência surge do director do FMI. Strauss-Kahn diz mesmo que o desemprego pode levar a uma morte jovem

Relacionados
«As consequências sociais do desemprego, e até para a saúde, são enormes». As palavras são do director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, durante a conferência de Oslo sobre Emprego e Crescimento, referindo que o desemprego pode conduzir mesmo à redução da esperança de vida.



Strauss-Kahn considerou que o custo humano do desemprego é «muito sério» embora não se fale dele, referindo que quando alguém perde o seu trabalho «o mais provável é que tenha problemas de saúde ou morra jovem».

«Se você perde o seu trabalho, os seus filhos vão ter problemas na escola e o mais provável é que perca a confiança nas instituições públicas e na democracia», acrescentou o director do FMI, citado pela Lusa, considerando que a combinação de todos estes factores constitui «uma grande ameaça para a coesão social».

O director do FMI e o director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia, que juntos organizaram esta conferência sobre o Emprego, salientaram ainda a elevada taxa de desemprego dos jovens como «um problema maior».

Strauss-Kahn e Juan Somavia defenderam a necessidade de atacar a situação de forma imediata com políticas de criação de emprego, mais formação e novos acordos de colaboração entre universidades e empresas.

Perdeu emprego? Vai ganhar menos 20%

De acordo com o texto que serviu de base ao debate, os efeitos do desemprego em época de crise são maiores que em tempos normais.

Estudos feitos nos Estados Unidos mostram que quem perdeu o emprego durante actual crise vai ganhar, daqui a 15 ou 20 anos, menos 20 por cento do que ganharia no seu anterior emprego.

Outro estudo citado no documento apresentado pela OIT e o FMI, refere que, caso a situação de desemprego persista durante 20 anos, a taxa de mortalidade vai aumentar até reduzir a esperança média de vida em ano e meio.

A conferência de Oslo, a primeira organizada pela OIT e o FMI, contou com a participação dos chefes de governo de Espanha, Grécia, entre outros.

«O mercado laboral está numa situação catastrófica». Concorda?

Despedimentos: PSD deixa cair «razão atendível» mas...

Taxa de desemprego em Portugal recua para 10,8%
Continue a ler esta notícia

Relacionados