Quero ser empreendedor: quem me pode ajudar? - TVI

Quero ser empreendedor: quem me pode ajudar?

Agência Financeira

Passaporte para o Empreendedorismo, investimento de capital de risco, consultoria. Se não sabe como lançar o negócio, dizemos-lhe a quem pode recorrer

Relacionados
Um dos mitos associados aos empreendedores é que eles já nascem assim. Não é verdade. Há pessoas que têm características mais propícias, mas existem técnicas para lá chegar. Às vezes, só é preciso um empurrão ou, pelo menos, encontrar as melhores soluções para dar corpo à ideia. Quem pode ajudar, então? Há algumas iniciativas a decorrer.

Passaporte para o Empreendedorismo

Se tem uma ideia de negócio, pode tentar este programa estatal, que se traduz numa bolsa mensal de 691,70 € (durante pelo menos quatro meses e até um máximo de 12), numa rede de mentores com papel de aconselhamento e em assistência técnica no desenvolvimento do projeto empresarial.

As candidaturas para a primeira fase terminaram a 15 de janeiro. A decisão será tomada a 15 de fevereiro e o passaporte terá início a 1 de março. O tvi24.pt solicitou o balanço desta primeira iniciativa ao Governo, mas os dados ainda não estão compilados.

Entretanto, a segunda fase já arrancou: candidaturas até 15 de fevereiro, decisão até 15 de março e início do passaporte a 1 de abril. E por aí fora, de fase em fase. Veja aqui se o seu caso cumpre os requisitos.

Call For Entrepreneurship

Para quem tem em vista um projeto inovador de base científica e tecnológica, a segunda Call For Entrepreneuship, uma iniciativa da Portugal Ventures (sociedade de capital de risco), é uma saída.

A ideia é precisamente possibilitar o acesso a investimento de capital de risco, sendo que os empreendedores contarão com apoio e orientação de uma das entidades da rede de parceiros (são 28, no total) na preparação e estruturação do projeto. As candidaturas já estão abertas e decorrem até ao dia 28 de fevereiro. . Os projetos selecionados «beneficiarão de um investimento de até 750 mil euros, num máximo de 85% do seu orçamento», segundo a empresa.

Micro Empreender

A Micro Empreender é outra opção. Acompanha micro-empresários já instalados no mercado que pretendem expandir o seu negócio e também particulares que queiram iniciar um.

Muitos dos casos que acompanha são de pessoas desempregadas. Ajuda «desde o processo inicial de solidificação e maturação da ideia, até à fase de implementação da mesma, passando pela mais difícil e exigente - a procura de fundos para investir. De certa forma, tentamos fazer de forma privada aquilo que não é feito a uma escala pública, dado que apenas existem balcões de aconselhamento ou entidades como o IAPMEI, pouco voltadas para o cidadão comum», explicou ao <> Pedro Pinheiro, da Micro Empreender.

Uma das ferramentas utilizadas é o pagamento antecipado do subsídio de desemprego ou a tentativa de recurso ao micro-crédito, nem sempre fácil.

Há casos bem sucedidos, cada um na sua dimensão. Desde «um senhor que criou empresa de limpeza de produtos ecológicos, com um ganho médio mensal a rondar salário mínimo que era aproximadamente o que tinha antes de ficar desempregado», sendo que as alternativas que teria no mercado de trabalho, face às suas baixas qualificações, «não seriam muitas».

Ou o exemplo de duas pessoas que fizeram uma sociedade. «Estavam desempregadas, antes tinham cargos de direcção nas empresas onde estavam, no setor da construção, e auferiam o subsídio de desemprego máximo. Pediram pagamento antecipado dos subsídios (50.000), recorreram ao microcrédito bancário e com 100.000 investiram numa loja de um centro comercial em Lisboa. Ao fim de cinco/seis meses estão a pensar abrir uma segunda loja. Têm um volume de negócios mensal entre 30 a 40.000 euros». Deram a volta por cima. A Micro Empreender funcionou como trampolim.
<>
Continue a ler esta notícia

Relacionados