Antigo ministro defende corte dos salários na função pública. O leitor concorda?

O antigo ministro das Finanças, Ernâni Lopes, defendeu esta sexta-feira o corte nos salários da função pública, como forma de reduzir o défice orçamental para 2010, pois não há mais margem de manobra para cortar na despesa.

E o leitor? Concorda com o antigo ministro das Finanças? Deixe a sua opinião. Como é que podemos reduzir o défice e equilibrar as finanças públicas do país?

«O único ponto em que o Governo poderá reduzir as despesas é baixar os salários, pois não vejo mais margem de manobra», disse o economista em Lisboa, cita do pela Lusa.

Embora não recomende «uma discussão descoordenada e a excitação» em relação à análise dos problemas do futuro de Portugal, Ernâni Lopes disse que a Letónia baixou os salários da função pública em 20 por cento e que a Grécia os reduziu ainda mais.

Apelando à memória dos portugueses, após ter apresentado um estudo da SAER (Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco) sobre inovação e internacionalização, Ernâni Lopes, garantiu que «os salários da função pública já baixaram no último ano e que, em 1983, o corte foi da ordem dos 10 por cento ou mais».

Ernâni Lopes considerou ainda que o Governo, para cumprir a meta prevista para o défice orçamental, de 7,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, tem de «tomar mais medidas», uma vez que lhe parece «muito mal» o aumento da receita pela via dos impostos.

«Eu acho que (a subida dos impostos) já passou todas as barreiras do que se pode executar e só há um modo de baixar a despesa».

E o leitor? Concorda com este caminho para cortar na despesa? Deixe a sua opinião na caixa de comentários