Bruxelas quer que Portugal aperte ainda mais o cinto - TVI

Bruxelas quer que Portugal aperte ainda mais o cinto

Debate parlamentar - Foto de Mário Cruz para Lusa

Subida de impostos, corte de investimento e prestações sociais ainda não chega

Relacionados
Bruxelas aplaude o aperto do cinto português, mas considera que o ideal era que o país apertasse ainda o cinto mais uns furos. Apesar de considerar as medidas de austeridade portuguesas (que incluem um aumento do IVA e uma sobretaxa de IRS e IRC, entre outras) positivas, Bruxelas diz que não chegam e quer mais.

Veja aqui o vídeo

A Comissão Europeia quer que Portugal garanta a continuidade da consolidação para além de 2011. É que as medidas já anunciadas pelo Governo resultam de um acordo com o PSD, acordo que tem um prazo de validade: termina em 2011. Ou seja, se o Governo quiser manter as medidas de austeridade para além dessa data, como o ministro das Finanças já admitiu ser possível, não terá o apoio do PSD.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários, que falava no Luxemburgo, avisou ainda que Portugal e Espanha têm de avançar com as reformas estruturais, nomeadamente do mercado do trabalho e sistema de pensões.

Ministro responde a Bruxelas

«A nossa análise preliminar é que os objectivos revistos para 2010 e 2011 são apropriados», disse Olli Rehn, no final da reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, lembrando que tanto Portugal como Espanha já anunciaram ou vão anunciar «reformas estruturais substanciais».

Tudo muito bem, mas... «mais terá de ser feito». «Eu apenas posso encorajar os dois países a continuarem as reformas estruturais, por exemplo no mercado do trabalho e no sistema de pensões», disse Olli Rehn, acrescentando que isso terá de ser feito «com toda a determinação que é necessário nesta situação delicada».

Olli Rehn não está sozinho no apelo. Também o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, pediu mais medidas a Portugal e Espanha para que os respectivos défices caiam abaixo dos 3% até 2013, embora elogie as medidas já anunciadas, considerando-as «corajosas».
Continue a ler esta notícia

Relacionados