"Se o euro falha, a Europa falha", afirmou a chanceler, que falava perante representantes do seu partido em Berlim, nas primeiras declarações que faz após o fracasso das negociações entre a Grécia e os credores.
"Se perdermos a capacidade de encontrar compromissos, então a Europa está perdida", disse a chanceler, que não pronunciou a palavra "Grécia" uma única vez.
Merkel saiu em defesa do seu ministro das Finanças, garantindo que esteve sempre empenhado num acordo.
A chanceler alemã afirmou que está aberta a porta para novas conversações sobre ajuda financeira à Grécia "após o referendo" que o país vai organizar no domingo."Se houve alguém que pode confirmá-lo durante as últimas semanas e meses, é Wolfgang Schauble, que durante horas, dias e noites, tentou um acordo."
"Se após o referendo o governo grego pedir para retomar as negociações, naturalmente que não nos vamos opor", declarou Merkel, numa conferência de imprensa em Berlim.
O referendo "está evidentemente ligado à manutenção no euro", afirmou, sem dar qualquer conselho de voto aos "cidadãos gregos responsáveis".
Esta manhã, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, foi muito crítico com a atuação do governo grego. No entanto, garantiu: “Para mim, a saída da Grécia do euro nunca foi nem será uma opção”.
Esta terça-feira, termina a extensão do atual programa de resgate, depois de o Eurogrupo de sábado não o ter aceitado prolongar, após a decisão do Governo de Alexis Tsipras de levar a referendo a última proposta dos credores, questionando os eleitores sobre se aceitam as condições das instituições europeias e do Fundo Monetário Internacional.