Acordo com oposição fica ao critério do FMI - TVI

Acordo com oposição fica ao critério do FMI

Pedro Silva Pereira e José Sócrates [LUSA]

Ministro da Presidência considera que instituições internacionais é que têm de especificar a forma como pretendem obter acordo da oposição

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O ministro da Presidência afirmou esta quinta-feira que serão as instituições internacionais a especificar de que forma é que os partidos da oposição irão formalizar a sua concordância com o programa de assistência financeira externa a Portugal.

Pedro Silva Pereira falava aos jornalistas no final do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre o modo como é que se obterá um eventual acordo alargado em Portugal em relação ao programa de ajuda externa, escreve a Lusa.

«Dada a situação de crise política em Portugal, com um Governo de gestão, aquilo que sabemos é que as instituições internacionais desejam que exista um compromisso político mais alargado. Isso significa que não deixará de existir - para lá daquela que é a negociação directa com o Governo -, um contacto com os partidos políticos, em particular com o PSD e CDS, de forma a que possam contribuir para o processo e formalizar a sua concordância ou não», defendeu o ministro da Presidência.

De acordo com este membro do Governo, essa «formalização» da concordância por parte das forças da oposição destina-se a dar garantias de que «Portugal honrará os seus compromissos formados nesta fase».

Interrogado sobre a forma em concreto como os partidos da oposição deverão formalizar essa sua eventual concordância com o programa de ajuda externa, o ministro da Presidência sustentou que essa questão «não diz propriamente respeito ao Governo».

«O que está em causa é aquilo que para as instituições internacionais é suficiente ou não como garantia de compromisso do país. Compete às instituições internacionais dizer qual é a forma pela qual o compromisso alargado que pretendem obter deve ser expresso».

Segundo Pedro Silva Pereira, nesta matéria, de resto, «já houve precedentes em outros países» no que concerne à forma como esse compromisso se poderá materializar.

«A situação portuguesa é toda ela muito especial, em função da crise política para que o país foi arrastado. Mas esse é um ponto em que só as instituições internacionais podem responder - e certamente será objecto de diálogo directo entre elas e os partidos políticos interessados em cooperar com o compromisso do país neste processo».
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