Bruxelas rejeita possível Zona Euro a duas velocidades - TVI

Bruxelas rejeita possível Zona Euro a duas velocidades

Durão Barroso (EPA/CHRISTOPHE KARABA)

Durão Barroso quer países da moeda única a avançar em conjunto

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A Comissão Europeia rejeitou esta quinta-feira a possibilidade de criar uma Zona Euro a duas velocidades, encabeçada pelos países que cumprem os critérios de disciplina fiscal, e apelou a que os países da moeda única avancem em conjunto.

«É importante não aceitar divisões na nossa união. A Zona Euro pode e deve prosseguir inclusive partir para uma integração mais profunda», disse a porta-voz do executivo Pia Ahrenkilde Hansen na habitual conferência de imprensa da Comissão.

Na ocasião, a porta-voz remeteu para o discurso de quarta-feira do presidente da Comissão, Durão Barroso , na Alemanha, onde o responsável defendeu que uma Europa dominada por uma «espécie de directório» não funcionará, tendo apelado à Alemanha para, nesta altura de crise, mostrar «liderança» mas num «espírito comunitário».

Discursando na capital alemã, num evento sobre o estado da União, José Manuel Durão Barroso voltou a defender a ideia de que o Governo da Europa deve ser deixado nas mãos da Comissão, sustentando que as instituições supranacionais são «o melhor garante pelo respeito dos princípios acordados numa união de estados soberanos».

«São precisamente estas instituições supranacionais que têm a independência e a objectividade para assegurar que todos os Estados-membros, tanto aqueles da zona euro como os outros, são tratados da mesma forma à luz dos Tratados», disse.

O presidente do executivo comunitário advertiu ainda que «uma união dividida não funcionará», e que tal princípio se aplica também a «uma união dominada por um equilíbrio de poder pouco saudável ou mesmo por uma espécie de directório».

O jornal espanhol «El País» revela esta quinta-feira que altos funcionários e especialistas dos Governos francês e alemão estão a estudar e a negociar com os parceiros do Benelux (Holanda, Bélgica e Luxemburgo) a criação de um «núcleo duro» dentro da União Europeia.

Citando «fontes conhecedores das conversações», o título refere que se trata de uma estratégia que pode levar a alterações ao Tratado de Lisboa para formalizar uma «Europa a duas velocidades».
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