Eurogrupo afasta cenário de Portugal vir a precisar de ajuda - TVI

Eurogrupo afasta cenário de Portugal vir a precisar de ajuda

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Teixeira dos Santos diz que Portugal está em situação mais favorável

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O presidente do Eurogrupo, que reúne os países da Zona Euro, disse em Bruxelas que «nem se coloca» a questão de o mecanismo de apoio à Grécia activado ontem vir a ser aplicado a outros países, como Portugal.

Jean-Claude Juncker, que falava numa conferência de imprensa após uma reunião de ministros das Finanças da Zona Euro, respondia à segunda parte de uma questão colocada pela imprensa internacional, sobre as dificuldades de países como Portugal em participarem na ajuda à Grécia e, no caso de estes também necessitarem de ajuda, se teriam de passar pelo mesmo procedimento.

«A segunda questão não se coloca e Olli (Rehn) responderá à primeira», limitou-se a responder o presidente do Eurogrupo, passando a palavra ao comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, que, por seu lado, também sublinhou as diferenças entre a Grécia e outros Estados membros com problemas nas contas públicas, escreve a Lusa.

Ladeado pelo ministro grego das Finanças, George Papakonstantinou, o comissário Rehn disse que, «com todo o respeito» pelo actual esforço das autoridades gregas, «a Grécia é um caso particular» e a sua situação não é comparável à de outros Estados membros, não só devido aos números do défice mas também «devido às profundas irregularidades estatísticas».

Quanto ao facto de países também com problemas participarem no mecanismo de apoio, Rehn sublinhou que se trata de empréstimos bilaterais, que não representarão um fardo suplementar para os défices públicos, e garantiu que, de toda a maneira, a Comissão Europeia levará esta questão em linha de conta quando apreciar os procedimentos por défice excessivo.

À saída da reunião, também o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, insistira na ideia de que a situação de Portugal «não se compara à da Grécia».

«Aquilo que é o nível de exigência à Grécia face aos problemas que a Grécia tem não pode nem deve ser o nível de exigência que se deve colocar para Portugal, que está numa situação que, apesar de tudo, é bem mais favorável que a situação grega», declarou.
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