Governo aponta para adesão de apenas 3,6% no Estado

O Governo anunciou, há instantes, os números da adesão à greve geral durante o período da manhã desta quinta-feira. De acordo com o Executivo, do total de 355.305 funcionários da Administração Central do Estado, só 12.800 é que não trabalharam, o que perfaz um total de adesão de apenas 3,6%.

Estes números contrastam com os dos sindicatos, que apesar de ainda não terem avançado com percentagens oficiais, garantem que a adesão foi «muito significativa». A UGT classificou mesmo os números do Governo como «irreais». O próprio Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado garantem que a «paralisação está a ser um êxito».

Na CGD, a adesão superou os 80 por cento.

Como resposta, Bruxelas adeverte que austeridade é mesmo necessária.

Dados ministério a ministério

Os dados do Governo, ministério a ministério, apontam para que a maior adesão à greve tenha sido maior no sector da saúde, com 3.816 funcionários em greve de um total de quase 17 mil. No entanto, nenhum serviço hospitalar foi totalmente afectado.

A segunda maior adesão foi registada no Ministério das Finanças, que inclui as diversas repartições distribuídas pelo país. Faltaram 3.571 trabalhadores, de um total de 13.471. Os números apontam para que mais de 360 serviços tenham sido afectados; 91 chegaram mesmo a encerrar.

Com a menor adesão ficou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde apenas dois funcionários decidiram não comparecer a um dia normal de trabalho. Este ministério conta com 3.252 trabalhadores.

Dos trabalhadores afectos ao Ministério da Educação - que são, no total, 240.029 - 1.370 aderiram à paralisação.

Outras adesões

Pelas contas do Governo, no Ministério da Economia e Emprego, ao qual pertencem 10.384 pessoas, 703 decidiram aderir à contestação contra as medidas de austeridade.

No Ministério de Pedro Mota Soares, Solidariedade e Segurança Social, ao qual pertencem 17.606 funcionários, mais de 1.500 não foram trabalhar.

Já quanto à adesão no Ministério da Administração Interna, o Governo diz que dos 4.089 trabalhadores, 306 juntaram-se à paralisação.

No Ministério da Defesa, tutelado por Aguiar Branco, 219 de um total de 7.275 funcionários também alinharam na greve geral.

Para as estatísticas da paralisação há ainda que contar com os 756 de um total de mais de 10.500 trabalhados afectos ao Ministério da Agricultura.

Na Justiça, dos 24.459 colaboradores, 329 não foram trabalhar.

Na Presidência do Conselho de Ministros, de um total de 5.397, 71 pessoas aderiram à greve geral.

Por fim, nos tribunais e serviços do Ministério Público, de um total de 1.905 funcionários, 79 juntaram-se à contestação.

Mas, afinal, quanto custa esta greve ao país?