Desemprego: número de inscritos cai em Março

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 3,5% em Março face ao mesmo mês do ano passado. Este é o terceiro mês consecutivo de queda, sendo que, em comparação com Fevereiro o recuo é de 0,7%.

Os dados conhecidos esta segunda-feira são do IEFP que apontam para um total de 551.861 desempregados inscritos nos centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas no final de Março. São menos 10.893 pessoas em termos homólogos e menos 3.686 face a Fevereiro.

Homens saem mais das listas negras

A nota mais positiva vai para os homens, com menos 4,3% de inscritos, enquanto nas mulheres o número diminuiu 2,7%.

Já por grupo etário, o número de jovens (menores de 25 anos) inscritos decresceu 9,7%. O desemprego nos adultos também cedeu, mas mais ligeiramente (2,6%).

Os inscritos à procura do primeiro emprego baixaram 1,2%, enquanto os que pretendem novo emprego diminuíram 3,7%.

Em termos de níveis de escolaridade, o número de inscritos nos centros de emprego recuou entre os que não têm qualquer nível de instrução, assim como nos que têm até ao 9.º ano do ensino básico.

Mais habilitações, mais desemprego

No entanto, aumentam à medida que sobe o nível de habilitações. Assim, os inscritos com o ensino secundário aumentaram 3,9% em Março face ao mesmo mês de 2010 e 2,9% entre aqueles que têm o ensino superior.

Quanto às regiões, a maior queda em termos relativos aconteceu no Alentejo (-6,7%), apesar de esta ter sido precisamente a única região do Continente que registou um crescimento no número de inscritos na variação mensal.

Ainda em termos homólogos, a maior queda nos inscritos em termos absolutos foi na região Norte. Em sentido oposto, no conjunto, os Açores e a Madeira viram aumentar o número de inscritos em 15,1% face a Março de 2010. Também em relação a Fevereiro, o número de inscritos nos centros de emprego aumentou nas ilhas.

Quanto ao número de colocações conseguidas pelos centros de emprego, em Março estas foram de 5.460, uma queda de 3% face a mês homólogo, mas mais 9,6% do que em Fevereiro.