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Banca garante acesso mais fácil ao crédito

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Bancos estão «confortáveis» e que «qualquer empresa com bom balanço terá acesso a empréstimos», assegura Presidente da Associação Portuguesa de Bancos

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Os bancos portugueses estão, hoje em dia, «confortáveis», com a sua «capacidade de liquidez melhorada» e registando rácios de capital e de solvência com níveis como «nunca antes». A garantia é dada pelo presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), que considera que este deixou de ser «um problema fulcral para o financiamento da economia».

Por isso, Faria de Oliveira assegura que o acesso ao crédito bancário será mais aliviado.

«Hoje em dia, nenhuma empresa com um balanço adequado e em condições não terá dificuldade em obter um crédito nos bancos portugueses», disse o responsável durante a conferência O Estado e a Competitividade da Economia Portuguesa, uma parceria entre a Antena 1 e o Jornal de Negócios, a decorrer em Lisboa.

«O que nós estamos é mal habituados. Entre 2000 e 2008, o crescimento do crédito em Portugal foi um dos maiores» a nível europeu, continuou Faria de Oliveira, originando a pergunta por parte do moderador de saber se essa situação não terá sido originada pela própria banca que tinha requisitos mais abrangentes para emprestar dinheiro.

«A banca não tem culpa. Concedeu os créditos porque havia procura e havia condições muitos fáceis. Na altura, a banca tentou promover projetos de mérito e apoiar as famílias, cuja maioria era créditos para a compra de habitação», respondeu o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, atual responsável pela APB.

Também o presidente do BPI garantiu estabilidade do setor e reiterou que o «crédito às famílias, onde 80% é para compra de habitação, não é o que mais me preocupa».

Quanto à maioria dos bancos, «há ligeira melhoria para acesso ao crédito por parte das empresas», mas isso «depende do bancos».

«Há uns bancos mais sensatos do que aos outros. Tenho vindo a notar, de forma crescente nas últimas semanas, que os bancos estrangeiros andam a dificultar clientes portugueses», disse Ulrich, concluindo que «já se apelou aqui para que se comprem produtos nacionais. Também considero importante apoiar os bancos que apoiem a economia e não aqueles que andam a tirar o tapete à economia».

E se, por um lado, ainda continua uma certa «contração da procura», há também uma melhoria face aos «seis ou sete meses após o início do programa de ajustamento» da troika, como adiantou, por sua vez, Faria de Oliveira.

Ulrich não terminou sem apresentar a sua oposição ao aumento da concorrência no atual contexto do país: «Precisamos de empresas fortes. Esta obcessão com a concorrência vai torná-las mais fracas. É preciso que as empresas que estão bem absorvam as que estão mal. E, para isso, tem de haver convergência de esforços entre Estado, bancos e empresas».
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