Bolsa: dia negro faz Lisboa desvalorizar quase 3%

Foi mais um dia negro para a Bolsa em Lisboa que desvalorizou 2,75 por cento para 6,632.32 pontos devido aos receios da banca espanhola. O Governo do país vizinho já foi obrigado a intervir numa entidade mutualista que, em Espanha, representam 15% do mercado bancário. O índice espanhol foi o que mais desvalorizou nesta sessão.

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A liderar as quedas ficou a Sonae a desvalorizar 5,26% para 0,72 euros. Seguiu-se a Cimpor que esta terça-feira começou a negociar sem direito ao dividendo. As acções da cimenteira caíram 4,7% para 4 euros.

Na banca, o BES desvalorizou 2,86% para 3,01 euros, o BCP desceu 2,67% para 0,61 euros e o BPI recuou 2,39% para 1,5 euros. O presidente do BES, Ricardo salgado, disse esta terça-feira nos Estados Unidos, que a situação de Portugal não é comparável à da Grécia.

Nas telecomunicações, a Portugal Telecom foi a empresa que menos perdeu esta terça-feira: 0,55% para 7,33 euros.

Na energia e a acompanhar a descida dos preços do petróleo ficou a Galp a cair 2,47% para 11,05 euros. Tom vermelho para o resto das empresas com o peso pesado, a EDP a recuar 2,87% para 2,50 euros.

Na restante Europa, o índice que mais desvalorizou foi o espanhol, o IBEX 35 recuou mais de 3%. A pressionar os índices bolsistas estão os sinais de fraqueza da banca espanhola e também os receios com a crise de dívida na Europa. O índice alemão, o DAX, caiu 2,34%, enquanto o francês, o CAC perdeu 2,9%.

Nos Estados Unidos, o cenário também é de pessimismo. As bolsas abriram a sessão em queda penalizadas pelo sector da banca e também por tensões na Coreia do Norte. Nem a confiança dos consumidores, que subiu mais do que o esperado, veio animar os investidores. O Dow Jones e o Nasdaq seguem a perder perto de 2%.