Bolsa, PT e energia afundam praça no dia 1 do FMI - TVI

Bolsa, PT e energia afundam praça no dia 1 do FMI

Europa e EUA deprimidos com previsões económicas mais pessimistas

Relacionados
A bolsa de Lisboa encerrou esta terça-feira em queda acentuada, acompanhando a tendência das restantes praças europeias, devido aos receios em torno da recuperação da economia global.

O PSI20 caiu 1,63% para 7.787,14 pontos, com 18 empresas no vermelho, no dia em que começaram as reuniões técnicas com os enviados do FMI, BCE e Bruxelas que vão avaliar a situação das contas públicas e também do sector financeiro.

Entre as maiores quedas contam-se as dos bancos, lideradas pela do BCP, que recuou 2,33% para 59 cêntimos. O BES também perdeu 1,76% para 2,91 euros e o BPI recuou 0,46% para 1,31 euros, num dia em que o risco de Portugal continuou a subir e em que os juros da dívida pública a 5 anos atingiu um novo recorde.

Na energia, a nota mais negativa coube à Galp, que caiu 2,56% para 15,25 euros, num dia em que o preço do petróleo está a afundar cerca de 3% em Nova Iorque devido às previsões mais pessimistas do FMI e à subida do nível de gravidade do acidente nuclear em Fukushima.

Já a EDP caiu 1,6% para 2,76 euros, com a subsidiária EDP Renováveis em contra ciclo. A empresa liderada por Ana Maria Fernandes ganhou 0,25% para 5,18 euros, depois de ontem já ter fechado animada pelo movimento de concentração na Europa entre empresas de energias renováveis e respectivas casas mãe, o que lançou a expectativa de que o mesmo venha a acontecer em Portugal. A empresa, a par com as pares europeias, beneficia ainda de um acrescido interesse pelo sector das energias limpas, depois do acidente nuclear no Japão.

Nas comunicações, a PT também seguiu a corrente e baixou 1,5% para 8,17 euros, depois de o JPMorgan ter cortado o seu preço alvo num euro, de 8,50 para 7,50 euros. A Zon foi a outra empresa do índice no verde, com uma subida de 0,21% para 3,80 euros.

Nota muito negativa ainda para a Jerónimo Martins, a terceira maior descida do dia: 2,12% para 11,08 euros.

No resto da Europa e nos EUA as previsões mais pessimistas do FMI para a economia global deixou marcas. As principais praças europeias fecharam com quedas acentuadas, entre os 0,86% de Espanha e os 1,55% da Itália.

Nos EUA, alguns indicadores macroeconómicos positivos não foram suficientes para animar o mercado, depois de a Alcoa, a primeira empresa norte-americana a apresentar resultados trimestrais, ter revelado vendas abaixo do esperado. O Nasdaq cai 0,85% e o Dow Jones 1,08%.
Continue a ler esta notícia

Relacionados