EDP e PT isolam Lisboa nos ganhos, numa Europa deprimida

O dia ainda começou no vermelho, mas a bolsa de Lisboa conseguiu inverter a tendência e fechou a sessão a valorizar 0,61 por cento, para os 5.643,47 pontos, com dez títulos no verde, dois inalterados e os restantes em terreno negativo. Isto na véspera de Portugal voltar a testar os mercados de dívida onde pretende colocar até dois mil milhões de euros.

Isolado nos ganhos, o principal índice bolsista, o PSI20, desfrutou das subidas da EDP, que valorizou 1,55%, PT, que avançou 1,73%, e Jerónimo Martins, que ganhou 0,73%.

Mas foi o BCP que deu o empurrão maior ao PSI20: valorizou 1,95%, para os 0,157 euros por papel, e liderou a tabela das subidas.

Na banca, de resto, o dia não foi tão positivo: BES e BPI perderam cerca de 0,4%, ESFG, que ontem se estreou no PSI20 a perder mais de 1%, hoje ficou inalterado nos 5,540 euros.

Nota negativa ainda para a Galp, que deslizou 0,59%, a seguir a tendência do setor, num dia em que os preços do petróleo caem mais de 1,5%.

Isto porque as matérias-primas estão hoje em queda, penalizadas pelo anúncio vindo da China que admitiu que a venda de automóveis poderá ficar aquém das estimativas em 2012.

Palavras que assustaram os investidores, já que a China é um dos motores do crescimento económico a nível mundial.

Por isso, todas as principais praças na Europa encerraram no vermelho, com quedas entre os 0,28% de Madrid - que hoje leiloou dívida, numa operação que correu bem - até 1,39% de Frankfurt.

Também em Wall Street segue em terreno negativo, pelo mesmo motivo. A esta hora, Dow Jones e Nasdaq sofrem quedas em torno de 0,50%.