O ministro das Finanças acusou esta quarta-feira a direita de estar «profundamente desiludida» com o «sucesso» da emissão de dívida e achar ser mais fácil «contornar com o Fundo Monetário Internacional» a falta de coragem de assumir medidas difíceis.
«A direita mostra-se profundamente desiludida com o sucesso da operação de hoje. Nós temos consciência que é necessário continuar a pedir aos portugueses sacrifícios para ultrapassar estas dificuldades. O Governo não tem medo, não tem vergonha de pedir aos portugueses esses sacrifícios», afirmou o ministro.
Teixeira dos Santos, que respondia aos deputados no Parlamento sobre a proposta de alteração à Lei de Enquadramento Orçamental, acusou então a direita de ter «vergonha», porque «é incapaz nestas circunstâncias de defender medidas que impõem sacrifícios» e de ter «vergonha de dar a cara».
«Acham que é mais fácil contornar com o Fundo Monetário Internacional, porque o Fundo Monetário Internacional serve como bode expiatório» para as decisões impopulares, afirmou novamente.
O PSD, através do deputado Duarte Pacheco, afirmou que «só o stress» que Teixeira dos Santos estará a viver «pode desculpar o seu discurso» e que o PSD «mostra agrado pela forma como foi colocada dívida pública» hoje, e acusou o ministro de «estar a salivar» quando deu a entrevista ao jornal «Expresso», em que colocava os sete por cento como limite a partir do qual seria melhor recorrer ao FMI.
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Ministro acusa direita de ficar «profundamente desiludida» com leilão
- Redação
- LF
- 12 jan 2011, 19:57
![Teixeira dos Santos](https://img.iol.pt/image/id/13106590/1024.jpg)
«Acham que é mais fácil contornar com o Fundo Monetário Internacional, porque o Fundo Monetário Internacional serve como bode expiatório», diz Teixeira dos Santos
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