A agência Moody's cortou o rating do Chipre em dois níveis, de Ba1 para Ba3, referindo os laços estreitos do país à Grécia e a probabilidade crescente de Atenas abandonar o euro. A classificação era já de lixo, e assim continua.
A entidade de notação financeira coloca ainda a classificação cipriota sob revisão para possível novo corte.
Na base da decisão está a crença cada vez mais firme da Moody's de que a Grécia vai sair do euro e que, por isso, o governo cipriota vai ter de dar apoio público aos bancos nacionais.
A dimensão do corte (em dois níveis) é explicada pela agência pelo facto de as contas públicas já estarem em dificuldades e de o país não ter acesso aos mercados internacionais para se financiar.
Recorde-se que o Governo do Chipre admitiu já a hipótese de vir a necessitar de ajuda financeira internacional, cujo pedido pode ser feito ainda este mês. Um dos maiores problemas do Chipre é a banca, muito exposta à Grécia, que não consegue recapitalizar-se de modo a cumprir os requisitos dos reguladores em termos de rácios de capital, até ao final deste mês.
Só o Banco Popular do Chipre, o mais problemático, precisará de 1,8 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Ainda esta quarta-feira o Chipre admitiu que poderá pedir 4 mil milhões de euros à União Europeia, uma solução que pode ser substituída ou combinada com empréstimos bilaterais da China e/ou Rússia.
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Moody's corta rating do Chipre em dois níveis
- Redação
- PGM
- 14 jun 2012, 08:23
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Novos cortes podem vir a caminho
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