Chipre congela salários durante dois anos - TVI

Chipre congela salários durante dois anos

Aperto de cinto

País está sob pressão e tenta evitar recurso a resgate financeiro

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O governo cipriota decidiu congelar os salários dos funcionários públicos durante dois anos. Uma medida que visa limitar o défice público e tenta evitar o recurso a um plano de resgate da União Europeia.

A decisão surge depois de Bruxelas ter pedido ao governo para tomar medidas de austeridade, para que o défice orçamental fique abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. Se a meta não for alcançada, o país pode ser penalizado.

«As medidas sobre o congelamento dos salários, entre outras coisas, vão permitir reduzir o défice orçamental para evitar sanções da Comissão Europeia e um recurso ao mecanismo de apoio europeu», disse ainda na sexta-feira o ministro das Finanças, Kikis Kazamias.

O governante adiantou ainda que pretende que o défice cipriota, actualmente de cerca de 7% do PIB, desça para os 3%, respeitando assim os limites impostos pela Zona Euro.

No entanto, reconheceu que esta tarefa se tornou mais complicada desde meados de Novembro, altura em que a agência de notação financeira Moody`s baixou em dois níveis o rating da dívida soberana do país, devido à exposição da banca cipriota à dívida grega.

O crescimento do Chipre, que este ano foi nulo, deverá ser marginal em 2012. A actividade económica, abalada pela crise que atravessa a Zona Euro, foi agravada pela destruição da principal central eléctrica da ilha, numa explosão acidental de um armazém.
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