Parlamento alemão aprova fundo de protecção do euro - TVI

Parlamento alemão aprova fundo de protecção do euro

Alemanha compromete-se a contribuir para fundo de protecção com um mínimo de 123 mil milhões de euros e um máximo de 148 mil milhões sob forma de garantias bancárias

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O parlamento alemão aprovou esta sexta-feira, por maioria, a lei sobre a contribuição do país para o fundo de protecção da moeda única, com os votos dos deputados da coligação de centro direita, chefiada por Angela Merkel.

A favor do diploma votaram os deputados das bancadas dos três partidos do governo, a União Democrata Cristã (CDU), a União Social Cristã (CSU) da Baviera, e os Liberais (FDP).

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A maior economia europeia compromete-se assim a contribuir para o fundo de protecção com um mínimo de 123 mil milhões de euros e um máximo de 148 mil milhões de euros, sob a forma de garantias bancárias.

Os sociais-democratas (SPD) abstiveram-se na votação, depois de o governo ter voltado a recusar a exigência do maior partido da oposição para se introduzir um imposto sobre transacções financeiras, destinado a cobrir parcialmente os custos da actual crise orçamental.

O líder do SPD, Sigmar Gabriel, acusou a chanceler de ter sido colocada pelos parceiros europeus «perante factos consumados», quando foi aprovado o fundo de protecção do euro, «por causa das suas hesitações e manobras tácticas ditadas pela política interna».

Os Verdes abstiveram-se também, alegando que o executivo não informou o parlamento em tempo útil das decisões que pretendia aprovar a nível europeu, escreve a Lusa.

«Não está em causa generosidade mas interesse nacional»

Os neocomunistas do Die Linke votaram contra por considerarem que o fundo europeu «reverterá a favor dos bancos e dos especuladores financeiros».

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, pediu à oposição para «pôr de lado os argumentos tácticos», face à importância da decisão a tomar.

O político democrata cristão respondeu também às exigências de um imposto sobre transacções financeiras, afirmando que «nenhum país europeu tenciona introduzi-lo a nível nacional».

Se não for possível um acordo no G20, para aplicar o referido imposto a nível global, Berlim não se oporá a uma solução europeia, garantiu Schaeuble.

O ministro disse ainda que a Alemanha não deu o seu apoio ao fundo de protecção «por generosidade para com outros países, mas sim pelo interesse nacional».

Na quarta-feira, Angela Merkel já tinha sublinhado também, no parlamento, que a Alemanha só aprovou o pacote europeu de ajudas porque os países em dificuldades orçamentais se comprometeram com uma «cultura de estabilidade».
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