Águas de Portugal insiste na fusão de empresas - TVI

Águas de Portugal insiste na fusão de empresas

Água

Proposta já foi rejeitada por municípios da Águas do Mondego

A fusão da Águas do Mondego (AdM) com as congéneres da região Centro contribuirá para «garantir a sustentabilidade e harmonização» do sistema de águas no território nacional, disse esta sexta-feira um administrador da Águas de Portugal (AdP).

Manuel Fernandes Tomás falava no final de uma reunião, em Coimbra, com os representantes dos municípios que integram a AdM, que rejeitam a agregação deste empresa com a SIMLIS e a SIMRIA, como pretende a Água de Portugal.

«É um esforço de solidariedade que se está a pedir», afirmou Fernandes Tomás, indicando que, durante algumas horas, procurou apresentar aos autarcas, na sede da AdM, um estudo que «não está completamente fechado», escreve a Lusa.

A recusa dos 13 municípios da AdM em aceitarem a fusão desta empresa com a Saneamento Integrado dos Municípios do Lis (SIMLIS) e a Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro (SIMRIA) foi assumida pelos presidentes das autarquias, numa reunião realizada na quarta-feira à noite.

«Todos os municípios» que fazem parte da AdM consideram que a proposta da Águas de Portugal naquele sentido é «totalmente intolerável», disse o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, o social-democrata João Paulo Barbosa de Melo, numa conferência de imprensa, na quinta-feira, destinada a divulgar a posição das câmaras envolvidas na AdM face à pretensão da AdP.

Fernandes Tomás adiantou hoje que a AdP planeia «uma harmonização das tarifas em todo o território», tendo em conta que «ainda existem alguns problemas de sustentabilidade do sistema» nacional de abastecimento de água e de águas residuais.

«Temos um projeto nacional que visa garantir a sustentabilidade do sistema de águas em Portugal», sublinhou.

A AdP, na sua opinião, está confrontada com «um sistema difícil de gerir» e procura corrigir «assimetrias de tarifas entre o litoral e o interior», através desta e de outras fusões de empresas do grupo.

«Queremos que seja um processo participado» pelos municípios, que são, simultaneamente, clientes e acionistas da Águas de Portugal, afirmou Fernandes Tomás.
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