BCP junta-se a BPI e CGD e reestrutura dívida grega - TVI

BCP junta-se a BPI e CGD e reestrutura dívida grega

Nuno Amado

Bancos terão de aderir de forma voluntária até quinta-feira

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O BCP vai-se juntar ao BPI e à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e participar na operação de reestruturação da dívida da Grécia a que os bancos terão de aderir de forma voluntária até quinta-feira.

Segundo disse fonte oficial, o banco que tem cerca de 700 milhões de euros de dívida grega, vai aceitar os termos definidos por Atenas para o programa de reestruturação. A mesma fonte lembra, no entanto, que o banco já fez «provisões para 65 por cento» de perdas com a dívida helénica o que, afirmou, corresponde a cerca de 450 milhões de euros.

Em 2011, o BCP teve um prejuízo histórico de 786 milhões de euros devido às perdas de 972 milhões de euros com fatores extraordinários, dos quais 584 milhões dos quais devido à exposição à Grécia e à crise da dívida soberana.

A Caixa Geral de Depósitos, que tem atualmente 133 milhões de euros de dívida helénica (a maior parte nas seguradoras do grupo), também vai aceitar os termos de Atenas, assim como o BPI, escreve a Lusa.

Ainda entre os grandes bancos a operar em Portugal, o BES não tem dívida helénica, assim como o Santander Totta.

O governo grego estabeleceu uma taxa de participação de 75 por cento como mínimo para prosseguir com a operação em que os investidores vão perdoar 53,5 por cento dos títulos que detêm e trocar os restantes por novos títulos do governo grego a mais longo prazo e ainda por títulos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Quinta-feira é a data limite para as instituições privadas - bancos, seguradoras e fundos - dizerem se aceitam ou não participar no programa de troca de títulos que prevê a retirada de cerca de 100 mil milhões de euros do total da dívida da Grécia (360 mil milhões de euros), reduzindo a dívida dos 160 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) previstos para 2020 para 120 por cento.

A Autoridade de Gestão da Dívida Pública (PDMA) da Grécia já avisou que os credores que não participem no perdão da dívida não receberão fundos provenientes do novo empréstimo internacional ao país de 130 mil milhões de euros.

«O programa económico da Grécia (financiado pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional) não contempla a existência de fundos disponíveis para pagar aos credores do setor privado que declinem participar no PSI» [sigla em inglês para Participação do Setor Privado], avisou a PDMA em comunicado, citado pela agência de notícias Efe.
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