BPN: «Nenhum cliente foi desviado para a CGD» - TVI

BPN: «Nenhum cliente foi desviado para a CGD»

Francisco Bandeira

Francisco Bandeira, presidente do BPN, negou «negociatas com SLN» e garantiu que «apenas 15% dos fundos saídos do BPN foram para a Caixa»

Relacionados
O presidente do Banco Português de Negócios (BPN) garantiu esta segunda-feira que «apenas 15% dos fundos saídos do BPN foram para a Caixa. A parte restante saiu naturalmente para outros bancos».

Francisco Bandeira sublinhou ainda, «sem receio de ser desmentido», que «nenhum cliente saiu do banco para a Caixa Geral de Depósitos sem o seu conhecimento». Francisco Bandeira justificou «algumas notícias» que davam conta da transferência de clientes de um banco para o outro, fundamentadas por «dois sindicatos» do BPN.



«Dois sindicatos tem feitos anúncios pagos nos jornais a afirmar algumas negociatas do BPN com a SLN e a acusar que alguns clientes foram para a Caixa», disse o presidente da actual administração do BPN na Comissão de Orçamento e Finanças, que decorre no Parlamento.



«Ambos os sindicatos já disseram que se trata de um mero jargão sindical», adiantou Francisco Bandeira.



O presidente do BPN, o primeiro ouvinte da comissão, chegou pelas 18h10 acompanhado por dois administradores «a tempo inteiro».



Relação com SLN é da ordem dos mil milhões de euros



Na sua declaração inicial, Francisco Bandeira disse que a «relação do BPN com a SLN é da ordem dos 1.000 a 1.100 milhões de euros», um valor que «não aumentou nem diminuiu significativamente com nacionalizaço do BPN».



«Não é possível imputar ou deixar de imputar credito à SLN. Este constitui sempre um problema, mais grave quando se sabe que as sociedades devedoras, sediadas em Portugal ou os offshores, não tem capacidade de pagar», disse o presidente do BPN.



Perdas do BPN vão demorar muito tempo a recuperar



Já sobre as três sociedades, na órbita do Estado, para onde serão desviados os activos tóxicos do banco - a Parvalorem, a Parparticipações e a Parups - Francisco Bandeira admitiu que «vai demorar muito tempo a recuperar as perdas», que acabarão por ser pagas pelo contribuintes.



O banqueiro explicou que as três sociedades têm «administrações diferentes» e «vão ser objectos de alienação, com garantia do Estado».



Nester sentido, apenas a Parparticipações ficará estatal, «com a supervisão do Banco de Portugal», embora esta «entidade ainda tenha dado a sua decisão», adiantou Francisco Bandeira.



Já sobre o possível aumento de capital do BPN, no valor de 500 milhões de euros, Francisco Bandeira voltou a sublinhar que «é fundamental», acrescentando que «se houver, será a única injecção do Estado no banco».



O banqueiro, também vice-presidente da CGD, explicou que a sua administração pretende privatizar as participadas do BPN.



«As participadas foram designadas como de activos autónomos no processo de nacionalização. Agora, o Estado está a preparar a sua privatização».

BPN: «Nenhum trabalhador foi afastado por embirração nossa»
Continue a ler esta notícia

Relacionados