Carris: propostas de reestruturação são «inaceitáveis» - TVI

Carris: propostas de reestruturação são «inaceitáveis»

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Propostas do grupo de trabalho incluem «redução brutal» da oferta da Carris e «despedimentos»

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Para a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), as propostas finais do grupo de trabalho que analisou a reestruturação dos transportes em Lisboa são «inaceitáveis». É que, argumentam, incluem uma «redução brutal» da oferta da Carris e «despedimentos».

Num comunicado, a FECTRANS, que está esta segunda-feira reunida com o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos para analisar as propostas, afirma que as propostas para a Carris irão resultar numa «brutal redução da oferta de transportes à população da cidade e áreas limítrofes», cita a Lusa.

«Estas alterações incidem sobre 56 carreiras, mais de 64% da frota da Carris actualmente em funcionamento, e propõem também a redução em cerca de 300 tripulantes do número de trabalhadores da empresa, como forma de adequar o número de efectivos ao nível da redução da oferta proposto«, lê-se na nota.

Para a federação, as propostas do grupo de trabalho pretendem entregar as empresas de transporte público «aos grandes grupos económicos transnacionais».

Assim, é «inaceitável este objectivo do Governo e exorta os trabalhadores e populações a unirem-se na derrota destas intenções».

A federação considera também «inaceitável» que o ministro da Economia se «recuse a dialogar» com os sindicatos, perante o cenário, desenhado para os trabalhadores da Carris e para o sector de transportes, «de degradação das condições de vida e, no limite, do desemprego».

Aos trabalhadores «não resta outro caminho que não seja o aprofundar da luta». Por isso, a FECTRANS reafirma os motivos para os sindicatos fazerem greve a 2 de Fevereiro.

O documento entregue ao Governo pelo grupo de trabalho defende que o Governo deve dotar a Carris de meios financeiros para concretizar medidas resultantes da redução do serviço, nomeadamente a «saída» de cerca de 300 trabalhadores.

O mesmo é sugerido para o Grupo Transtejo, embora sem adiantar números de funcionários a sair.

O grupo de trabalho propõe ainda o fim de 14 carreiras da Carris (10, 49, 79, 777, 790, 797, 18E, 203, 205 e 208 da rede urbana e 21, 25, 76, 745, 764 e 799 da rede suburbana) e 19 alterações do serviço que incluem encurtamento do percurso ou alterações ao nível das ruas abrangidas (12, 30, 44, 70, 701, 703, 706, 709, 718, 732 e 794 na rede urbana e 22, 28, 31, 36, 714, 726, 202 e 210 na rede suburbana).

A proposta sugere também quatro prolongamentos do percurso (718 e 760 na rede urbana e 54 e 711 na suburbana) e vários ajustamentos da oferta relacionados com a frequência ou com os horários (74, 108, 701, 706, 709, 716, 724, 729, 735, 742, 747, 755, 756, 758, 759, 765, 793, 28E na rede urbana e 714, 746, 753 e 767 nos suburbanos).

Deste ajuste, é esperada para a Carris uma redução de custos de 8,52 milhões de euros em 2012.
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