Cimpor: Investifino quer que CMVM autorize troca de ativos - TVI

Cimpor: Investifino quer que CMVM autorize troca de ativos

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Regulador pede à Camargo para se pronunciar

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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) quer que a Camargo Corrêa se pronuncie sobre um requerimento da Investifino a pedir a autorização prévia do regulador à troca de ativos da Cimpor por ações.

Segundo a informação disponível na página da CMVM na Internet, a Investifino, que detém 10,7 por cento da Cimpor, enviou a 8 de maio um requerimento ao regulador.

A Investifino pretende que a CMVM determine que a proposta, «objeto de conversações entre a oferente [a InterCement, detida pela brasileira Camargo Corrêa] e a Votorantim, tendo como objeto a troca de ativos da Cimpor por ações, seja submetida a autorização prévia» do regulador, com parecer da cimenteira portuguesa, cita a Lusa.

No caso de este pedido não ter acolhimento, a Investifino quer que a CMVM assegure que «serão adotados e indicados no prospeto [da Oferta Pública de Aquisição] os procedimentos destinados a garantir uma compensação posterior aos acionistas que aceitem» a oferta, «caso se venha a demonstrar que houve hipotéticos erros de avaliação dos ativos objeto de troca».

A Investifino pede ainda à CMVM que «assegure que seja esclarecida a existência de riscos para os investidores que aceitem» vender na OPA, caso se aplique a nova legislação brasileira da concorrência, que entrará em vigor a 29 de maio, e que tal seja referido no prospeto.

A 10 de maio, a CMVM pediu à InterCement (detida pela Camargo Corrêa) que se pronuncie sobre este requerimento, não existindo, até ao momento, uma resposta, segundo os dados disponíveis no «site» do regulador.

A InterCement divulgou, a 30 de março, o anúncio preliminar de uma OPA sobre a totalidade do capital da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação, um valor que a administração da cimenteira portuguesa considerou muito baixo e que, aliado à falta de informação sobre as intenções da brasileira para o futuro da empresa, levou a que não recomendasse a venda.

Os principais acionistas da Cimpor são as brasileiras Camargo Corrêa (32,9 por cento) e Votorantim (21,2 por cento).

No capital social da empresa estão ainda presentes a Caixa Geral de Depósitos (9,6 por cento) e o Fundo de Pensões do BCP (10 por cento), que já anunciaram a disponibilidade para vender as suas participações na cimenteira.

O empresário Manuel Fino, que detém a Investifino, não pretende vender a sua participação na Cimpor, segundo um relatório da cimenteira enviado no dia 12 de maio à CMVM.
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