CTT: privatização é «escandalosa» - TVI

CTT: privatização é «escandalosa»

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Jerónimo de Sousa diz que eventual privatização vai acentuar assimetrias sociais e regionais

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, classificou esta terça-feira de «escandalosa» uma eventual privatização dos CTT, afirmando que irá acentuar as «assimetrias sociais e regionais».

«É uma situação escandalosa. Uma empresa que constitui um monopólio natural em que o Estado tem responsabilidades próprias, não só com os trabalhadores, mas com a população em geral», disse o líder do PCP.

Jerónimo de Sousa falava à porta dos CTT dos Restauradores, em Lisboa, onde esteve esta terça-feira de manhã a distribuir folhetos contra a privatização dos Correios.

Para o secretário-geral do PCP, a venda dos CTT a investidores privados significaria «o abandono de muitas populações do interior e a redução drástica de postos de trabalho».

Sublinhando que se trata de uma empresa «que dá lucro», Jerónimo de Sousa disse que a privatização irá acentuar «as assimetrias não só sociais como também regionais».

«É de facto o exemplo gritante daquilo que o Governo pretende fazer de uma empresa estável, que dá lucro, que serve as populações e, naturalmente os trabalhadores», afirmou. «É inaceitável a tentativa do Governo para privatizar os CTT», frisou.

Questionado sobre a segunda semana de greve que os carteiros dos CTT iniciam esta terça-feira , o secretário geral dos CTT considerou que é justa.

«Começa a fazer-se ensaios de excluir trabalhadores, neste caso carteiros, por trabalhadores com vínculos precários em condições muito difíceis, sem direitos, com salários baixíssimos com vínculos precários», disse o líder partidário.

«Essa situação leva os trabalhadores a entrar em greve, e com razão, porque estão a antever esta manobra clara de permitir a eliminação de postos de trabalho», concluiu.
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