Google entra em força no sector energético - TVI

Google entra em força no sector energético

Vento

Empresa investiu cerca de 30 milhões de euros em dois parques eólicos na Dakota do Norte

A gigante informática Google já não é «só» um motor de busca. Já saltou da Internet para o sector energético há algum tempo e o seu mais recente investimento está avaliado em 38,8 milhões de dólares (cerca de 30,5 milhões de euros).

O montante está a ser aplicado em dois parques eólicos na Dakota do Norte com o intuito de gerar energia suficiente para abastecer mais de 55 mil casas.

Se em Dezembro do ano passado a Google pediu autorização às autoridades norte-americanas para entrar neste mercado, logo em Fevereiro a comissão reguladora de energia dos EUA deu «luz verde» à empresa para se tornar num distribuidor e comercializador de electricidade no país.



O investimento em parques eólicos é o primeiro passo para um projecto de energia renovável mais democratizado, em larga escala. O Google tem investido até à data em empresas ligadas à energia solar, como a BrigthSource Energy e a eSolar.

Mas, com esta aposta, «estamos destinados a acelerar a implantação de energias renováveis», referiu o gerente de operações da Google verde, Rick Needham, citado pela agência Reuters.

Google planeava entrada no mercado desde 2007

O Google.org já se preocupava com as alterações climáticas e agora o esforço conjunto entre esse «braço direito filantrópico» e mãe Google está a ser consolidado.

Remonta a 2007 o interesse da Google em investir em empresas energéticas e entrar na produção de energia renovável. Sempre com a intenção de obter e praticar preços acessíveis e num curto espaço de tempo.

Acima de tudo, o que a empresa pretende é «flexibilidade para gerir os nossos contratos de energia» e «o que a FERC [Comissão Federal de Regulação de Energia dos Estados Unidos] nos permite fazer é revender a energia até o dia em que nós mesmos poderemos usá-la». E isso «é exactamente o tipo de coisa que queremos fazer», explicou à Computerworld, o chefe de energia verde da Google, Bill Weihl.

A ideia é que a Google possa comprar e vender energia, podendo utilizar as energias renováveis na própria empresa. Por isso, este ramo não é apenas um negócio: é, sobretudo, uma forma de reduzir custos e os impactos ambientais das operações que realiza.
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