Governo reafirma: TAP e ANA são para vender até final do ano - TVI

Governo reafirma: TAP e ANA são para vender até final do ano

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«Dois processos estão a correr de acordo com o que tinha sido planeado», garante ministro da Economia

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Tanto a TAP como a ANA-Aeroportos são para vender até ao final do ano. O Governo mantém essa «intenção», segundo o ministro da Economia, que adianta que há manifestações de interessados.

«Os dois processos estão a correr de acordo com o que tinha sido planeado», assegurou esta sexta-feira Álvaro Santos Pereira.

Segundo o ministro, que falava aos jornalistas durante uma visita às minas de Aljustrel, no Baixo Alentejo, o Governo já tem «manifestações de interesse por parte dos interessados na TAP e na ANA e o processo irá decorrer até ao final do ano».

Questionados pelos jornalistas sobre os interessados na TAP, Álvaro Santos Pereira escusou-se a prestar informações, alegando que se trata de «assuntos de alta confidencialidade».

Recorde-se que o Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o processo de privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, sendo que o objetivo é a venda a 100%.

O Barclays Capital, o Banco Espírito Santo de Investimento, o Citi Bank e o Crédit Suisse serão os assessores financeiros no processo de privatização da ANA e da TAP.

«Aeroportos devem ser privatizados autonomamente»

O CDS-PP/Porto critica o modelo de privatização da ANA - Aeroportos de Portugal, defendendo que os aeroportos devem ser «privatizados autonomamente» para que não seja posto em causa o desenvolvimento da região Norte.

Em comunicado enviado à Lusa, o CDS/Porto afirma ver «com muita preocupação o comunicado do Conselho de Ministros de quinta-feira que dá conta do processo de privatização da ANA, mediante a alienação das ações representativas de até 100 por cento do capital social».

Para o CDS-PP, a vontade do Governo em privatizar a ANA com todos os aeroportos incluídos no seu património, com a qual discorda, «conduz a uma grave ameaça ao interesse de Portugal e da região Norte, na medida em que não promoverá equitativamente o desenvolvimento regional do país, voltando-se uma vez mais a prejudicar a coesão nacional em função da gestão do país a favor dos interesses da capital».

Os centristas adiantam que a privatização de todos os aeroportos no património da mesma empresa vai motivar «uma gestão do aeroporto do Porto em função do aeroporto de Lisboa e não uma gestão integrada de todas as infraestruturas de transporte da região: aeroporto, porto de leixões, Metro do Porto, CP Passageiros, CP Cargo e redes viárias».

A privatização da ANA «terá um impacto muito negativo no crescimento do turismo e consequente desenvolvimento cultural e económico da cidade do Porto e da região Norte».

O CDS-PP entende que «só a gestão autónoma do aeroporto do Porto fará com que este seja gerido exclusivamente em nome dos interesses socioeconómicos da região e nunca em função da rentabilização dos aeroportos de Faro ou Portela».

«Só desta forma o aeroporto estará exclusivamente ao serviço das empresas, do emprego e da população do Porto e da região Norte, traduzindo-se num instrumento de criação de riqueza, de aumento da qualidade de vida e de promoção de coesão social».

O CDS apela ao Governo que «altere a abordagem à privatização» da empresa, por forma a que os aeroportos «sejam privatizados autonomamente, a empresas diferentes, promovendo uma saudável concorrência entre regiões, que terá como consequência crescimento e criação de riqueza em todas as regiões do país, aumentando-se assim a riqueza e a coesão nacional».
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