Greve nos transportes e caos na estrada - TVI

Greve nos transportes e caos na estrada

Engarrafamento (arquivo)

CP, Refer, Transtejo, Fertagus, STCP e Carris em greve. Só o Metro circula normalmente

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A greve de várias empresas do sector dos transportes, que começou às 00h00 de terça-feira, deverá causar algumas dificuldades aos passageiros dos transportes públicos, uma vez que, em muitos casos, não existirão transportes alternativos.

Por barco, carris ou por terra? Greve atrapalha trânsito

O protesto desta terça-feira, que termina às 24h, está a ser sentido em todo o País, mas, sobretudo, nas cidades de Lisboa e Porto.

CP, Refer, Carris, Transportes Sul do Tejo (TST), STCP e Rodoviárias da Beira Litoral e do Entre Douro e Minho estão parados, assim como todas as travessias fluviais do Tejo e ainda o metro de Mirandela.

A CP chegou mesmo a fechar esta manhã as estações do Cais do Sodré, Cascais e Oeiras, por motivos de «segurança». A responsável pela comunicação da empresa disse à Lusa que a CP não está a conseguir assegurar a circulação de comboios na linha de Cascais pelo que foi tomada a decisão de encerrar as estações que podem ser fechadas «por motivos de segurança», para evitar a acumulação de pessoas nas plataformas.

Reposta circulação de barcos entre Cacilhas e Cais do Sodré

A travessia de barco entre Cacilhas (Almada) e o Cais Sodré (Lisboa) a cargo da Transtejo foi retomada às 9h10, após um primeiro período de greve, disse à Lusa um funcionário da empresa.

Os três primeiros barcos que saíram entre as 9h10 e as 9h20, no mesmo sentido, levavam os 800 lugares disponíveis preenchidos, adiantou o mesmo funcionário.

A paralisação será retomada a partir das 16h45 e até às 20h10, como estava previsto.

«Os dois primeiros barcos foram muito mais cheios que o normal», a situação está agora normalizada, disse o funcionário.

Greve nos autocarros prejudicam mais Lisboa

O Sindicato dos Motoristas reconhece que o protesto está a ser mais sentido em Lisboa do que no Porto. «Ao nível dos Transportes Colectivos do Porto estamos com uma adesão na casa dos 25 por cento, porque decorre ainda o processo negocial, ao nível da Carris ligeiramente acima dos 50 por cento», explica Jorge Costa, do sindicato.

Pelas contas da administração da Carris, como adianta o secretário-geral da empresa, Luís Vale, a maior parte dos autocarros está na rua. «Tínhamos programados 700 veículos saírem para a rua e às 7:00 apenas 18 por cento desse serviço programado não estava a circular na cidade, o que significa que os níveis de adesão são pouco elevados».

O sector dos transportes, que paralisou em bloco pela última vez a greve geral de Dezembro de 2003, voltou esta terça-feira a unir-se, desta vez, para contestar o congelamento dos salários, o bloqueamento da contratação colectiva e a intenção do Governo de privatizar linhas da CP, a CP Carga e a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).

Só Metropolitano de Lisboa pode ajudar

O Metropolitano de Lisboa e do Porto, que não fazem greve, não irão fazer qualquer reforço durante a greve. «A circulação vai processar-se de modo normal», avançou fonte oficial explicando que nas horas de ponta o metro já circula praticamente na sua capacidade máxima.

Acessos à Ponte 25 de Abril mais difíceis

Os acessos à Ponte 25 de Abril registaram «intensidade superior à habitual» de tráfego antes da hora de ponta, devido à greve que está a decorrer em várias empresas do sector dos transportes. «Está a registar-se uma intensidade superior no tráfego, nos acessos de sul para norte».

Cerca das 7h, o IC32 encontrava-se já congestionado no sentido da Costa da Caparica em direção ao acesso à Ponte 25 de Abril, cuja zona da portagem registava uma afluência superior à habitual.
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