OE2012: Vítor Bento contra «treinadores de bancada» - TVI

OE2012: Vítor Bento contra «treinadores de bancada»

Vítor Bento

Presidente da SIBS «confia no ministro das Finanças» e diz que privatizações são «necessárias»

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O conselheiro de Estado Vítor Bento entende que não devem existir «treinadores de bancada» a «dar palpites» sobre as medidas a adoptar no Orçamento de Estado para 2012.

«Neste momento, em que temos um esforço nacional muito grande, não tem utilidade estarmos a dar palpites que apenas dificultam a execução do que tem de ser feito», disse o também presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), durante uma intervenção num debate em Óbidos, intitulado «Portugal tem futuro - realidade e esperança».

Para o economista, essa tarefa deve ser deixada «a quem está à frente do leme». Vítor Bento «confia no ministro das Finanças».

Recusando comentar o aumento do IVA e as prioridades a definir no Orçamento de Estado para 2012, o conselheiro de Estado voltou a frisar que «a última coisa que o ministro das Finanças precisa é de ter treinadores de bancada a dizer o que deve fazer».

Vítor Bento recordou que o programa de ajustamento financeiro negociado com a troika tem o consenso dos três maiores partidos nacionais.

Quanto ao Orçamento para 2012, defendeu que, mais do que definir prioridades, se trata de seguir as orientações do programa de ajustamento financeiro.

Vítor Bento falava aos jornalistas à margem do debate «Portugal tem futuro - realidade e esperança» promovido em Óbidos pela respetiva associação empresarial Óbidos.com e pela Associação Cristã de Empresários e Gestores.

«Privatizações são necessárias»

O presidente da SIBS mostrou-se ainda favorável às privatizações.

«As privatizações são necessárias como forma de o Estado alienar património para ter encaixe para pagar a dívida», afirmou aos jornalistas, à margem do evento.

Tendo em conta o «efeito de travão» que a dívida pública está a ter sobre o crescimento económico e o produto interno bruto (PIB), as privatizações são uma «inevitabilidade» no actual contexto em que o País se encontra.

«Com o nível da dívida externa, não tenho dúvidas que a única forma que temos de a reduzir é reduzir os activos nacionais [vendendo-os] a estrangeiros», justificou o economista, lembrando que a dívida externa equivale a cerca de 250% do PIB.
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