SCUT só vão dar lucro a partir de 2025 - TVI

SCUT só vão dar lucro a partir de 2025

Scut

Novas concessões acumulam encargos de 6,3 mil milhões até 2030

Relacionados
Lucro só em 2025. Até lá, as ex-SCUT (vias sem custos para o utilizador) vão gerar necessidades de financiamento no valor global de 4.433 milhões de euros. Para piorar, a Estradas de Portugal corre o risco de insustentabilidade financeira a partir de 2014. Os dados constam de um relatório de auditoria da Inspecção-Geral das Finanças, com o objectivo de analisar a sustentabilidade económica e financeira da Estradas de Portugal.

«Estima-se que as SCUT e as ex-SCUT gerem cash-flows anuais negativos (encargos superiores às receitas) até 2025, no valor global de 4.433 milhões de euros», lê-se no documento, citado pela Lusa. A análise corresponde ao período entre Setembro de 2010 e Junho deste ano.

No entanto, já a partir de 2013, nas ex-SCUT Costa de Prata e Norte Litoral, os proveitos previstos superam os encargos, atingindo, naquele exercício, 9.207 milhões de euros e 257 mil euros, respectivamente.

Em causa estão, sete contratos de concessão em regime SCUT: Beira Interior, Algarve, Costa de Prata, Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Norte Litoral e Grande Porto.

Em 2008 e 2009, o Estado suportou encargos de 533,7 milhões e 539,9 milhões de euros, respectivamente, com as concessões em regime SCUT.

Novas concessões: encargos até 2030

O mesmo relatório alerta ainda que as sete subconcessões rodoviárias lançadas pelo anterior Governo vão gerar encargos superiores às receitas até 2030, num valor total de cerca de 6.332 milhões de euros.

Falamos das subconcessões Transmontana, Douro Interior, Baixo Alentejo, Baixo Tejo, Litoral Oeste, Algarve Litoral e Pinhal Interior.

«As sete subconcessões lançadas/adjudicadas nos últimos três anos, apenas a partir de 2039 terão cash-flows positivos [receitas superiores aos encargos], originando, até 2030, necessidades de financiamento de 6.332 milhões de euros».

No entanto, entre este ano e 2013 - e tendo por base as previsões da EP - a empresa registará receitas superiores aos encargos «no montante global de cerca de 91,3 milhões de euros em todas as subconcessões, com destaque para as subconcessões Baixo Tejo, Litoral Oeste e Pinhal Interior».

Depois deste período, os cash flows médios anuais serão negativos, num montante próximo de 400 milhões até 2030.

«Só a partir de 2039 as subconcessões deverão gerar receitas líquidas para EP, momento em que ocorrerá o termo da maioria dos contratos de concessão».
Continue a ler esta notícia

Relacionados