Semanário «Sol»: sindicato repudia despedimentos - TVI

Semanário «Sol»: sindicato repudia despedimentos

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Jornal propôs rescisão amigável a 20 trabalhadores

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) repudiou esta quinta-feira os despedimentos no semanário «Sol» e considerou o processo de chamar os trabalhadores para «rescisões ditas amigáveis dos respectivos contratos» uma atitude «ofensiva da dignidade pessoal e profissional».

Em comunicado, o SJ considerou que a prática de chamar os trabalhadores para propor rescisões «parece estar a tornar-se prática generalizada» e lembrou que o semanário é controlado pela sociedade Newshold, «da qual se desconhece o verdadeiro dono, embora as notícias o vão associando a capitais angolanos, e que está a investir no sector em Portugal».

A estrutura sindical que representa os jornalistas recorda que a Newshold tem uma posição de 15 por cento na Cofina, grupo que controla o «Correio da Manhã», o diário desportivo «Record», e a revista «Sábado», entre outros títulos.

Por isso, o SJ desafia a administração do «Sol» a «aceitar a discussão das condições da empresa, bem como as do grupo económico no qual se integra, para manter a publicação do jornal sem prejudicar os postos de trabalho».

Sobre o número de trabalhadores a quem foi proposta a rescisão amigável, na ordem dos 20, o SJ considera tratar-se «um caso muito preocupante, por o conjunto de jornalistas já abordados ter um peso significativo numa redacção de dimensão reduzida, por envolver profissionais que muito têm dado ao jornal e, nalguns casos, serem de recrutamento mais ou menos recente noutros órgãos de informação».

Acrescenta ainda «não se pode aceitar que, a pretexto da crise nas empresas de comunicação social como a do semanário «Sol» optem pela solução mais fácil do despedimento quando se inserem em importantes grupos económicos».

«A direcção do SJ manifesta a sua solidariedade para com os jornalistas agora atingidos e para com a redacção do «Sol», apelando aos jornalistas para que se unam em torno do seu sindicato a fim de tornar mais eficaz o combate por dois objectivos fundamentais: a preservação do jornal e a manutenção dos postos de trabalho», concluiu o comunicado.
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