Telefónica rejeita lançar OPA hostil à PT - TVI

Telefónica rejeita lançar OPA hostil à PT

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Operadora justifica decisão com «respeito a Portugal» que passa também pelas decisões dos accionistas

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A Telefónica disse esta quinta-feira que não está nos planos da empresa lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) hostil à Portugal Telecom, uma decisão que a operadora justifica pelo «respeito a Portugal» e pelas decisões dos accionistas.

«Uma oferta sobre a PT não é algo que queiramos fazer, ainda que financeiramente possa parecer mais atractivo fazê-lo», afirmou o administrador financeiro da Telefónica, Santiago Valbuena, citado pela Bloomberg.

«É por respeito a Portugal e aos accionistas [da PT] que decidimos fazer uma oferta direccionada [para a Vivo] e com valor», disse.

O responsável referiu que «nem tudo acontece por questões financeiras» e recusou a ideia de hostilidade na oferta de 5,7 mil milhões de euros que a Telefónica fez à PT para ficar com a posição de 50 por cento que o grupo português tem na Brasilcel, que controla a Vivo, e que foi rejeitada.

«A nossa aliança com a PT sempre se centrou no Brasil. A oferta não foi hostil para ninguém. Nem para a PT nem para Portugal», sublinhou Santiago Valbuena. A administração da Telefónica centra a argumentação da sua ofensiva no valor com que avançou.

«A Vivo dificilmente pode criar sozinha tanto valor como estamos a pôr em cima da mesa hoje», referiu o responsável do grupo espanhol, que gostaria de aliar no Brasil a Vivo à Telesp, que já controla.

Hoje a empresa espanhola anunciou que os seus lucros cresceram 2% no primeiro trimestre, face a igual período em 2009, atingindo os 1656 milhões de euros.

Na nota remetida à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), a empresa explica que as receitas aumentaram 1,7 por cento para 13,932 milhões de euros.
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