A Portugal Telecom rejeitou a oferta de 5,7 mil milhões da Telefónica para comprar 50% da Vivo, revela a empresa em comunicado, enviado à CMVM esta segunda-feira à noite.
A Vivo, «operadora líder no mercado móvel no Brasil» é detida pela Brasicel, empresa partilhada em partes iguais pela PT e pela Telefónica.
Telefónica penaliza quase 6%
Governo fala da oferta da Telefónica em «sede própria»
Depois de reunido o Conselho de Administração, a oferta foi «rejeitada por unanimidade».
Telefónica «desapontada» com rejeição da PT
Veja as justificações de Zeinal Bava
A empresa liderada por Zeinal Bava explica esta rejeição, com o facto da Vivo ser «um activo essencial para a estratégia da PT e a venda dessa participação iria contra as perspectivas de crescimento a longo prazo da PT».
A operadora portuguesa reitera assim a intenção de permanecer no Brasil.
PT brilha em bolsa
A esta hora, os analistas começam a reagir a este anúncio. O Credit Suisse e o UBS são unânimes em considerar que, depois desta rejeição, um dos cenários em aberto é a Telefónica lançar uma OPA sobre a totalidade da Portugal Telecom, cita a imprensa esta manhã.
Para o UBS, existem quatro cenários para o desfecho desta operação. Um deles passa pela Telefónica lançar uma oferta total sobre a Portugal Telecom.
Já para o Crédit Suisse só há duas «saídas»: aumentar a oferta pela Vivo ou lançar uma OPA à PT.
No entanto, analistas espanhóis consideram «excessiva» e «prejudicial» para as contas da Telefónica a oferta que a operadora espanhola fez à PT pela Vivo, justificando que a operadora brasileira está avaliada em mais do dobro da sua capitalização bolsista.
Esta terça-feira, as acções da PT destacam-se na bolsa de Lisboa: meia hora depois do arranque da sessão já haviam sido negociadas cinco milhões de títulos, a subir 12,81% para os 8,02 euros.
Oferta da Telefónica à PT é «excessiva» para Telefónica
[Notícia actualizada às 11:30 com posição de analistas]
PT rejeita negócio de 6 mil milhões de euros
- Redação
- MD
- 11 mai 2010, 08:18
Objectivo era comprar metade da operadora brasileira detida pela empresa de Zeinal Bava. Proposta hostil foi rejeitada por unanimidade
Continue a ler esta notícia