«Testes de stress» vão causar novas reestruturações - TVI

«Testes de stress» vão causar novas reestruturações

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Almunia considera que ajuda estatal aos bancos portugueses vai ser difícil de resolver

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O comissário europeu da Concorrência disse esta terça-feira que espera, este ano, novas reestruturações na banca europeia, após os testes de «stress» e admitiu que a ajuda estatal aos bancos portugueses é dos processos mais difíceis que tem para resolver.

«A reestruturação do sector bancário europeu ainda não terminou», acrescentou o comissário europeu Joaquín Almunia, citado pela agência noticiosa espanhola «Efe», que adiantou ainda que a comissão tem, para decidir, 24 casos de ajudas estatais a entidades financeiras, alguns dos quais, admitiu, são «um desafio».

Na lista dos processos particularmente difíceis está a ajuda irlandesa aos bancos e quatro casos de auxílio estatal a bancos alemães, para além de «alguns poucos» casos em Portugal, Eslovénia, Áustria e Grécia.

Joaquín Almunia disse que a comissão europeia espera «este ano, depois da realização das provas de esforço, receber mais alguns casos» de processos de reestruturação de bancos europeus, nos quais as autoridades comunitárias da concorrência têm de se pronunciar.

Novos testes entre Março e Junho

As provas de esforço, conhecidas como testes de «stress», pretendem avaliar a resistência dos bancos europeus a choques externos e vão realizar-se entre Março e Junho, devendo os resultados ser divulgados até ao final de Junho, escreve a Lusa.

O comissário, que falava numa audiência no Parlamento Europeu, alertou os bancos da União Europeia que receberam ajudas estatais para que evitem adoptar estratégias «agressivas» contra as instituições concorrentes.

«Quando tenhamos provas deste comportamento, agiremos imediatamente para os corrigir», garantiu Almunia.

O responsável, por outro lado, disse que vai na quarta-feira propor a reforma da lei das ajudas estatais aos serviços económicos de interesse geral, para concentrar a supervisão aos serviços de maior dimensão - como os transportes e o correio - e simplificar a as normas para os serviços de menor dimensão.

«Tem pouco interesse dedicar tempo e esforço a seguir um pequeno serviço de natureza local, que em troca recebe um subsídio do município», explicou o comissário, que defendeu a concentração da vigilância nos subsídios implícitos concedidos aos maiores operadores de serviços públicos.
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