Twitter de parabéns: o balanço 5 anos depois - TVI

Twitter de parabéns: o balanço 5 anos depois

Twitter

Rede conta com mais de 30 mil milhões de tweets

O Twitter está de parabéns. Passou de sistema de publicação de mensagens para grupos de amigos a rede social e celebra esta sexta-feira o quinto aniversário desde o seu lançamento. E tem no baú mais de 30 mil milhões de tweets para recordar.

A página GigaTweet parou de contabilizar os números em Novembro do ano passado, mas nessa data registava um total de 29 mil milhões de mensagens enviadas através do Twitter, que passou de um serviço lançado por uma empresa de nome Odeo a uma companhia de pleno efeito (Twitter, Inc.).

As receitas previstas de publicidade são de 150 milhões de dólares em 2011, segundo números da empresa de investigação EResearcher, citados pela agência Bloomberg em Janeiro.

«Para mim, o Twitter é um instrumento de trabalho, que me proporciona um complemento àquilo que os agregadores me dão», disse à Lusa o director da biblioteca de arte da Fundação Calouste Gulbenkian, José Afonso Furtado, o único português na lista dos 140 melhores canais de Twitter escolhidos pela revista Time, que o classificou como «o Borges do Twitter».

Quanto vale o Twitter?

O Twitter estará, neste momento, a ser avaliado em cerca de sete mil milhões de dólares, de acordo com o «Wall Street Journal». Isto numa altura em que publicações como o «The Economist» começam a mostrar preocupações acerca de uma nova bolha dos negócios digitais.

José Afonso Furtado diz pensar que «uma das coisas que está a dar cabo da vida é a pressa» e, na sequência da criação da sua conta em Abril de 2008, mostrou-se paciente na altura de estabelecer contactos e criar relações: «Eu sabia que tinha que demonstrar a algumas pessoas que a informação que eu fornecia também era interessante, era provavelmente diferente daquela que conseguem obter e, ao fim de dois anos, começou a haver uma interactividade entre mim e algumas das pessoas».

Agora com perto de 8.500 seguidores, parte integrante de 735 listas e com quase 56 mil mensagens publicadas, José Afonso Furtado está «completamente atualizado quase ao minuto» sobre todas as novidades e rumores da sua área, no campo das bibliotecas e da gestão da informação.

Já Tito de Morais, fundador do projecto Miúdos Seguros na Net, inicialmente não viu «muita piada» àquela que parecia ser uma plataforma com poucas pessoas, uma percepção que se alterou à medida que os anos passaram.

Este responsável abriu a sua conta em 2006, numa altura prematura da rede, com a máxima de «pensar antes de publicar», para evitar os problemas que surgem da exposição inerente à publicação numa rede que é pública.

José Afonso Furtado vê com cepticismo aquilo que considera ser uma «necessidade incompreensível» que algumas pessoas têm de transmitir informação do domínio privado, «umas que são íntimas e outras que permitem uma invasão da privacidade e que podem ter consequências a prazo desagradáveis».

Tito de Morais, que, neste momento, não vê nenhuma razão para encerrar a sua conta, explica que no processo de socialização real há «um contexto» que é dado pelas pessoas com quem se está, algo que não ocorre no mundo virtual.

«Como não há contexto, a fronteira entre o que é público e privado está em erosão. Portanto é melhor só publicar aquilo que eu quero que seja público».
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