Passos: «Não está em causa qualquer reajustamento excepcional» - TVI

Passos: «Não está em causa qualquer reajustamento excepcional»

Primeiro-ministro diz que reajustamentos técnicos decorrem das avaliações trimestrais da «troika»

Pedro Passos Coelho anunciou esta quarta-feira que os reajustamentos técnicos ao memorando de entendimento fazem parte do próprio acordo e decorrem das avaliações trimestrais da «troika», rejeitando que haja qualquer processo de reajustamento «excepcional».

O primeiro-ministro disse ainda que Portugal vai «cumprir todas as metas» apesar da incerteza que se vive na Europa.

Numa conferência de imprensa com o presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, o chefe do Governo português considerou que é necessário «de uma vez por todas desdramatizar estes processos que, de três em três meses» Portugal irá ter «ao longo de todo o programa».

Respondendo a uma questão dos jornalistas, no final de uma reunião de cerca de uma hora com Juncker, no Palácio de São Bento, Passos disse querer «de uma vez por todas» esclarecer que «não está em causa» qualquer alteração «excepcional» ao plano de assistência financeira a Portugal e rejeitou «qualquer processo de renegociação ou de montantes envolvidos ou de prazos envolvidos ou de metas que estejam fixadas».

«A cada três meses, há lugar a este reexame em que, de alguma maneira, se faz a avaliação de todo o trabalho realizado e se faz tecnicamente o reajustamento que for necessário para que os objectivos fixados e as metas fixadas possam ser melhor atingidas, isso faz parte do próprio programa e do próprio memorando de entendimento», vincou.

Pedro Passos Coelho referiu ainda que «não gostaria de, nesta fase em particular, entrar em grandes detalhes» sobre a avaliação trimestral da «troika», justificando que «esse reexame está nesta altura a processar-se».

«Não é rigorosamente adequado que enquanto esse processo está a decorrer, o Governo faça pronunciamentos públicos sobre o que se está a passar», advogou.
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