«Uma nação que tem amor próprio não anda de mão estendida» - TVI

«Uma nação que tem amor próprio não anda de mão estendida»

Primeiro-ministro garante que está a «cumprir exactamente aquilo que é suposto o Governo de um país honrado fazer»

[Última actualização às 12h45]

Economia, políticas sociais, programa de assistência. O debate quinzenal desta sexta-feira, cuja abertura ficou a cargo do PCP, voltou a focar-se nos temas que ocupam o país.

Em resposta ao deputado comunista Jerónimo de Sosua, que acusa o Governo de «acentuar a pobreza, o desemprego e a recessão» no país ao cumprir o programa de ajustamento «custe o que custar», Passos Coelho garantiu que está a «cumprir exactamente aquilo que é suposto o Governo de um país honrado fazer».

Para Passos Coelho, «uma nação que tem amor próprio não anda de mão estendida, nem a lamentar-se, cumpre os seus compromissos e volta-se a erguer, é esse o custo que o país sabe que tem de cumprir para sair da situação em que está e os portugueses terão muito orgulho em poder fazê-lo, porque não querem manter, como tiveram nos últimos dez anos, uma economia que não cresce e um desemprego a crescer continuamente».

A propósito da última década, Passos Coelho pediu aliás «honestidade» a Jerónimo de Sousa: «A situação a que o país chegou não se deve, com certeza, a vários anos da minha governação».

Mas o «custe o que custar», uma declaração de Passos Coelho numa reunião social-democrata, serviu para que o líder do PCP questionasse afinal a quem ia custar: «Mas está a pensar em quem quando diz que o país vai comer o pão que a troika amassou?».

No debate, António José Seguro também acusa Passos Coelho de ter uma «paixão pela austeridade», e de o programa eleitoral do PSD não reflectir o memorando da troika.

Francisco Louçã trouxe ao Parlamento a privatização da REN para acusar o Governo de «vender à China o controlo do sector energético nacional».
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