Os portugueses parecem estar a por um travão à contratação de crédito ao consumo, quer em número quer em montante, o que já não acontece na vertente de crédito pessoal para as finalidades de Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos. Os dados são do Banco de Portugal e revelam que em março, o número de novos crédito caiu tanto nas vertentes pessoal como automóvel e de cartões a descoberto. Como se pode ver pelos quadros, o mesmo para os montantes que também desceram.
Variação homóloga do número e do montante de novos créditos – março 2019/março 2018 (%)
Mesmo assim que quando olhamos para os valores totais atualmente contratados, verificamos que na vertente de crédito pessoal, quando o tema é Finalidade Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos o crescimento do total de novos créditos contratados, em montante em março é de 61,1% face a março de 2018. Uma percentagem que, na mesmo rubrica/ vertente sobe mais de 80% no que se refere ao número de contratos em março versus o homólogo. Esta é de resto, quase a única razão por que o crédito ao consumo não desce mais.
No mercado do crédito aos consumidores ocorre, por vezes, a concessão de crédito com subvenção por sociedade não financeira.
Os contratos de crédito subvencionados são celebrados entre a instituição de crédito e o consumidor, mas parte do custo do crédito é suportada por uma entidade terceira (por exemplo, o ponto de venda onde o consumidor adquire o bem financiado). As taxas anuais de encargos efetivas globais (TAEG), que representam o custo do crédito para o consumidor, não refletem nestes casos todo o custo do crédito.
Também aqui se verifica, na vertente de crédito pessoal, um subida de 60% em março, face ao homólogo e de todas as rubricas em alta.