O deputado comunista, Agostinho Lopes, defendeu esta quarta-feira que a emissão de dívida a «estas taxas de juro» é um «suicídio» do país.
Em declarações à Lusa, o parlamentar apontou soluções alternativas a uma situação que, «por esta via de emissão da dívida a estas taxas de juro, corresponde ao suicídio do país através da dívida pública».
O deputado afirmou que as taxas «continuam manifestamente insustentáveis face à situação económica do país» e por isso o PCP não percebe a «euforia do Governo».
«Mesmo o valor das taxas é mais elevado quando comparado, contrariamente a várias opiniões que apareceram, com emissões anteriores com os mesmos prazos: a seis e a nove anos», disse.
Notando que a procura foi «ligeiramente superior», Agostinho Lopes não deixou de considerar que a situação do país «não tem saída e que o caminho tem de ser outro».
Como alternativas, o PCP «tem insistido» na procura de uma diversificação externa da dívida «por outro caminho», no «intenso apelo à poupança interna», como em certificados de aforro.
Já o dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, afirmou esta quarta-feira que os juros que Portugal está a pagar para se financiar são uma «extorsão» e exigiu «uma Europa que proteja as economias contra a especulação».
Francisco Louça disse que a emissão de dívida de hoje foi «um pequeno alívio», com os juros a ficarem abaixo do leilão anterior, mas sublinhou que ainda assim são o triplo do que era cobrado há um ano.
Por seu lado, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou positiva a operação de venda dos títulos do Tesouro tendo afirmado que o resultado obtido «só foi possível porque o Governo não se limitou a ficar na expectativa dos especuladores».
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Emissão de dívida: saiba o que diz a oposição
- Redação
- LF
- 12 jan 2011, 17:44
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PCP nota que as taxas «continuam manifestamente insustentáveis face à situação económica do país»
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