Seguro quer conhecer desequilíbrios da S. Social - TVI

Seguro quer conhecer desequilíbrios da S. Social

Secretário-geral do PS questiona «o que mudou para que o Governo venha agora dizer coisas diferentes» em relação à sustentabilidade do sistema

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O Governo deve deixar de «assustar» os portugueses com o futuro da Segurança Social e esclarecer «preto no branco» a que se devem os desequilíbrios no sistema público. É o que exige o secretário-geral do PS.

«Considero que a questão da Segurança Social deve ser tratada com bom senso, seriedade e profundidade, mas o Governo, de forma direta ou indireta, anda a lançar muitas notícias cá para fora - e não conheço a razão na qual o Governo se fundamenta para dizer que não há sustentabilidade na Segurança Social. No último Orçamento do Estado, já proposto por este Governo, há um relatório anexo que fala na sustentabilidade da Segurança Social para além de 2050», disse António José Seguro, citado pela Lusa, em Vinhais, Bragança, depois de ser confrontado com a suposta intenção do Governo de introduzir o plafonamento nas contribuições para o sistema público de Segurança Social.

Seguro perguntou «o que mudou para que o Governo venha agora dizer coisas diferentes» sobre a sustentabilidade da Segurança Social.

Por isso, «o Governo tem de explicar o que está a acontecer num debate sério e aprofundado no Parlamento. Diz que há uma diminuição das receitas e um aumento das despesas, mas, se assim for - como o PS avisou -, é culpa da receita errada que está a seguir», observou, admitindo neste ponto que fenómenos como o desemprego e as falências tenham aumentado as despesas e contraído as receitas do sistema público de Segurança Social.

«Se o Governo, neste momento, olha para as contas da Segurança Social e percebe que há um desequilíbrio provocado pela sua própria receita, então, em primeiro lugar, terá de assumir as suas responsabilidades e, depois, tem de imediatamente arrepiar caminho na estratégia de consolidação das contas públicas. O Governo, em vez de assustar os portugueses, tem de explicar preto no branco a origem de tantas notícias preocupantes sobre a Segurança Social».

Na questão do acesso à saúde, o secretário-geral do PS disse que há muitos cidadãos do interior que não têm condições de acesso, porque aumentaram os custos de transportes e as taxas moderadoras.

«Conheço relatos de doentes e de um médico que me dizem que há pessoas pedem adiamento de consultas para o mês seguinte porque não têm dinheiro para aceder à saúde. Isto não é justo, com a saúde dos portugueses não se brinca».
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