Patrões defendem cortes no subsídio de desemprego. Concorda? - TVI

Patrões defendem cortes no subsídio de desemprego. Concorda?

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Proposta tem em vista incentivar a procura de trabalho em situações de desemprego prolongado

Não deve ser fixado um valor mínimo para o subsídio de desemprego, sob pena de os trabalhadores que estão no nessa situação passarem a ganhar mais do que se estivessem no activo. É este o entendimento da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP).

Os patrões vão colocar uma proposta em cima da mesa do Governo, no sentido de baixar o apoio social à medida que a situação de desemprego se prolonga no tempo. E, está claro, pôr fim a um limite mínimo do subsídio.

Actualmente fixado em 419,22 euros, o subsídio de desemprego pode mesmo superar o salário mínimo líquido, se analisarmos as despesas extra de um trabalhador no activo, revela o «Diário Económico». Ou seja, na hora de aceitar um trabalho, a alternativa mais rentável poderá ser ficar em casa, porque a remuneração auferida com o novo emprego poderá ser inferior à do subsídio, em alguns casos, como explicou Gregório Rocha Novo ao mesmo jornal.

Mais, a CIP argumenta que o valor da prestação (65% do salário) deve ser alvo de um decréscimo à medida que a pessoa se encontre em situação de desemprego durante mais tempo. Tudo para que a procura de trabalho não deixe de estar no horizonte dos desempregados.

Também o primeiro-ministro já tinha defendido que um trabalhador não deve receber mais por ficar em casa do que o salário que auferia no último emprego. A proposta da CIP tem o aval da Confederação do Turismo, no que diz respeito ao corte no valor do subsídio, mas apenas quando o desempregado rejeita ofertas de emprego. Vai ser apresentada e discutida amanhã, em concertação social. O Governo está a rever o regime da aplicação do subsídio de desemprego, no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento.
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