Sócrates: recessão «é preço que temos de pagar» - TVI

Sócrates: recessão «é preço que temos de pagar»

Primeiro-ministro diz que não há «outra alternativa» para pôr as contas em ordem

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A recessão técnica a que Portugal oficialmente chegou no primeiro trimestre «é o preço que temos de pagar» para pôr as contas públicas em ordem. As palavras são do primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, que admite não haver «outra alternativa».

Posição diferente tem o PSD, que considera que «este Governo não é de confiança». E o PCP não reage com surpresa a estes valores.

A contracção de 0,7% da economia resulta, quis sublinhar o primeiro-ministro, de uma quebra da procura interna - a redução do consumo - decorrente «da redução de salários e de benefícios fiscais e do aumento de impostos».

Mas, diz Sócrates, «temos de pagar esse preço para pôr as nossas contas públicas em ordem». É «a única forma de realmente lutarmos pelo crescimento». «É esse o esforço que estamos a pedir aos portugueses para este ano».

Para este e para o próximo: segundo as previsões da Comissão Europeia também hoje divulgadas, e que são piores do que as da troika, tudo aponta para que Portugal enfrente uma recessão de 2,2% já em 2011 e de 1,8% em 2012, pelo que os sacrifícios são para continuar.

Para o ano, a Grécia e a Irlanda já vão sair da recessão. Nós não.

Exportações disparam 17%

O primeiro-ministro adiantou ainda, na sua declaração em Braga, números sobre as exportações registadas entre Janeiro e Março. Números esses que não constam neste relatório preliminar do INE.

Segundo Sócrates, os bens vendidos ao estrangeiro dispararam 17% no primeiro-trimestre. No entanto, este indicador não foi suficiente para dar corda à economia portuguesa.

O ministro da Economia, Vieira da Silva, também justifica esta recessão técnica «pela actual situação económica e reflectem» a quebra nos gastos das famílias e do Estado.

Um dos problemas que grassam a economia é a dívida, que está já acima de 100% do PIB. E o desemprego também não vai dar tréguas.
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