«Vamos defender o país dos especuladores e da crise». Sem FMI - TVI

«Vamos defender o país dos especuladores e da crise». Sem FMI

José Sócrates

Primeiro-ministro garante que Portugal está no caminho certo e congratula-se com défice abaixo dos 7,3% em 2010

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O «resultado orçamental de 2010 é importante» já que o défice vai ficar seguramente, diz o Governo, abaixo da meta dos 7,3% a que o país se tinha proposto. E o que o país precisa agora é de quem «o defenda».

Daí que «não devemos minimizar esses resultados de 2010. Foi grande resultado conseguido pelo país».

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Para o primeiro-ministro, que fazia o seu discurso de encerramento no debate quinzenal que decorreu esta sexta-feira, no Parlamento, «a situação com que estamos confrontados exige apenas isto: que o país tenha quem o defenda, quem o defenda dos especuladores, desta crise, quem encontre um novo rumo».

Certo é que os juros da dívida continuam a negociar sempre bem próximos ou acima dos 7%, como é o caso desta sexta-feira.

«Não precisamos de outra ajuda que não a confiança»

José Sócrates veio mais uma vez rejeitar a entrada do Fundo Monetário Internacional no país: «Não precisamos de ajuda que não seja confiança. Quem passa a vida a falar do FMI, não está a prestar um bom serviço ao país. O país tem quem o defenda, como se provou na última emissão de dívida a longo prazo».

Para o primeiro-ministro o país «soube defender-se de rumores, fugas de informação anónimas, especuladores». É preciso, assegura, «lutar pelo país e não apresentá-lo como um país que não consegue».

E isto «não é nenhum optimismo. Em 2010 reduzimos défice orçamental. É um resultado que advém do esforço dos portugueses».



Já depois do debate, José Sócrates deu a mesma garantia aos jornalistas: «Não há nenhum plano de contigência para o FMI; este Governo tudo fará para que não haja intervenção».

«Estamos a fazer o que devemos. O resultado de 2010 é um primeiro grande resultado, abaixo do compromisso internacional que tínhamos [os tais 7,3]. Vamos ficar com um défice de 7% ou abaixo disso».

E tudo isso é «resultado das medidas» do Governo. «Quanto a rumores, não os alimento. O que nós temos é reuniões com o FMI no âmbito da relação bilateral. Portugal vai fazer o seu próprio plano».

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