Grécia escolhe banqueiro para ministro - TVI

Grécia escolhe banqueiro para ministro

É presidente desde 2009 do Banco Nacional da Grécia, o primeiro banco privado do país

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O banqueiro Vassilis Rapanos, próximo do Partido Socialista grego (Pasok), vai ocupar a estratégica pasta das Finanças no novo governo de coligação da Grécia, que será composto por 16 ministros, indicou o porta-voz Simos Kedikoglou, citado pela Lusa. Isto no dia em que a imprensa grega e as agências internacionais avançam que Atenas vai pedir mais dois anos para sanear as contas.

Rapanos, 63 anos e presidente desde 2009 do Banco Nacional da Grécia, o primeiro banco privado do país, terá como adjunto Christos Staikouras, 38 anos e conselheiro económico do primeiro-ministro de direita Antonis Samaras, que foi empossado na quarta-feira pelo Presidente grego.

O conservador Dimitris Avramopoulos recebe a pasta dos Negócios Estrangeiros do governo de coligação entre o partido Nova Democracia (ND, direita) e o Partido Socialista (Pasok), com apoio parlamentar da coligação Dimar (esquerda moderada).

A nova equipa deverá prestar juramento hoje ao final da tarde (19:00 locais, 17:00 em Lisboa), antes de realizar a primeira reunião do conselho de ministros, precisou Kedikoglou.

Vassilis Rapanos, que segundo os media gregos se deslocou ao Luxemburgo para participar na reunião do Eurogrupo, deverá prestar juramento posteriormente, precisou o porta-voz.

O ministério da Reforma Administrativa, determinante para promover a racionalização e modernização do aparelho de Estado, foi confiado a Antonis Manitakis, uma personalidade conotada com a esquerda moderada.

Na sequência das exigências dos armadores gregos, o novo executivo inclui um ministério da Marinha Mercante, atribuído ao conservador Costas Mousouroulis.

A equipa governamental é largamente controlada pela ND, vencedora das legislativas de 17 de junho sem maioria absoluta, que garantiu dez ministérios.

O novo executivo helénico já anunciou que pretende renegociar o memorando de entendimento com os credores internacionais, sem comprometer a sua integração na zona euro.

Numa primeira reação, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barros, considerou que a formação do novo governo de coligação na Grécia demonstra que o país vai honrar os compromissos e permanecer na zona euro.

«Saúdo calorosamente o anúncio de hoje sobre a formação do novo governo na Grécia», referiu Durão Barroso, em comunicado, prometendo que «vamos trazer de volta o crescimento» ao país.
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