Têm salários em atraso mas querem continuar a trabalhar - TVI

Têm salários em atraso mas querem continuar a trabalhar

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Trabalhadores da fábrica Cimianto continuam a apresentar-se na empresa

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Com salários em atraso e a produção parada há mais de um mês, os trabalhadores da Cimianto, em Alhandra (concelho de Vila Franca de Xira) continuam a comparecer no local de trabalho todos os dias.

Têm esperança de manter os postos de trabalho e, por isso, insistem em cumprir o seu horário no interior da empresa.

«Querem salvar o emprego, mas, de facto, não sabem o que vai ser o seu futuro», revelou o delegado sindical e representante dos trabalhadores na Comissão de Credores, Luís Santos, à Lusa.

Ao todo, esta empresa de coberturas e isolamentos para a construção civil conta com 83 trabalhadores, mas apenas 13 estão mesmo a trabalhar. Quatro optaram por suspender o contrato de trabalho e dos que se mantêm vinculados à empresa apenas cinco são contratados a prazo.

A direcção da fábrica já tinha pedido insolvência a 26 de Maio, decretada pelo tribunal no início de Junho. Desde então foi nomeado gestor de insolvência, Bruno Vicente, que, de acordo com fonte sindical, já mandou suspender a produção e as encomendas.

«O gestor de insolvência tentou com isto levar os trabalhadores a suspenderem o contrato de trabalho por terem os salários em atraso mas eles não o fizeram e continuam a comparecer todos os dias no local de trabalho», garantiu a dirigente da Federação dos sindicatos da Indústria de Cerâmica, Cimento e Vidro, Fátima Messias.

A comissão de credores, de que fazem parte o banco Millennium bcp e a Segurança Social, deverá ter uma reunião em breve, seguida de uma reunião com o gestor de insolvência, para analisar o futuro da fábrica.

Na última quarta-feira, vários trabalhadores receberam o salário de Maio mas até ao momento ninguém recebeu o de Junho.
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