Greve: região centro com forte adesão - TVI

Greve: região centro com forte adesão

  • Portugal Diário
  • 30 mai 2007, 12:32

Sector dos transportes é o mais afectado. Algumas empresas estão fechadas

A greve geral na região centro do país teve uma adesão elevada em áreas como os transportes e levou mesmo ao fecho de algumas fábricas, disseram à Lusa fontes sindicais de cada um dos distritos.

Em Aveiro, a greve paralisou os transportes urbanos da capital de distrito e empresas de cortiça, construção, calçado e têxteis da zona de Ovar e Espinho tiveram cem por cento de adesão, explicou Adelino Nunes, da União de Sindicatos do Distrito de Aveiro.

«São sinais de uma boa greve geral no distrito», afirmou o dirigente sindical, recordando que a adesão foi também significativa nos notários e conservatórios, levando muitos desses serviços a encerrar.

Na educação, a CGTP já contabilizou três escolas encerradas no distrito de Aveiro e a adesão em muitos estabelecimentos oscila entre os 45 e os 60 por cento.

Mais no interior, no distrito de Viseu, a União de Sindicatos considera que se verificou uma «participação histórica» dos trabalhadores, com particular «expressão nos Hospitais de Viseu e Tondela, na recolha de lixo, nos transportes colectivos do concelho de Viseu, nas escolas e jardins de infância».

Na recolha de lixo (90 por cento), no Tribunal de Viseu (100 por cento) Registo Civil de Lamego (100 por cento), nos hospitais de Tondela (80 por cento) e de Viseu (75 por cento), Centro Saúde Mangualde (92), nas empresas Transdev (100), GAVIS (95) e Coldkit (60), foi também contabilizada uma forte adesão.

Além disso, existem «centenas de escolas encerradas», como são exemplo os estabelecimentos de ensino de Repeses, Moselos, Papísios, Paradinha, Cambres, Parada, Reigoso ou de Mortágua.

Greve cancela cirurgias

Na Guarda, a greve provocou o cancelamento de quatro cirurgias programadas no Hospital Sousa Martins da Guarda, disse, por seu turno, Honorato Robalo, coordenador da União dos Sindicatos da Guarda (USG), salientando que enfermeiros aderiram a 100 por cento.

Denúncia de pressões nos sector privado

O coordenador da USG denuncia, no entanto, a existência de «pressões no sector privado», dando o caso concreto da fábrica de cablagens para automóveis Delphi - que tem em curso o processo de despedimento de 524 dos mil trabalhadores - onde «só aderiram 12 trabalhadores».

O dirigente revelou que a administração da empresa terá informado que «caso os trabalhadores aderissem à greve, punham em causa o acordo estabelecido com os sindicatos» em relação ao processo de despedimento.
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