Galp vai avançar «nos próximos meses» com biocombustíveis em Angola - TVI

Galp vai avançar «nos próximos meses» com biocombustíveis em Angola

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A Galp Energia vai avançar «nos próximos meses» com um projecto de desenvolvimento de biocombustíveis em Angola, numa parceria com a petrolífera angolana Sonangol e agricultores locais, revelou esta sexta-feira Fernando Gomes, administrador da empresa portuguesa.

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«A grande aposta a curto prazo são os biocombustíveis. A relação que existe entre a Galp e a Sonangol, com a intermediação do governo angolano, vai permitir avançar muito fortemente nos próximos meses para um projecto de desenvolvimento nessa área», afirmou Fernando Gomes, em declarações à agência «Lusa».

O administrador da Galp, que falava à margem de um seminário sobre relações económicas entre Portugal e Angola, que decorreu esta manhã no Porto, escusou-se a revelar o montante do investimento previsto, adiantando, no entanto, que o projecto deverá envolver uma área de 200 mil hectares.

«O modelo de desenvolvimento que pretendemos para este projecto é uma parceria com a Sonangol e com agricultores locais», afirmou Fernando Gomes, acrescentando, no entanto, que «ainda decorrem negociações» com a petrolífera angolana e com o governo de Angola para definir o modelo final.

Na perspectiva de Fernando Gomes, «a sintonia que existe actualmente entre a Galp e a Sonangol permite desenvolver projectos que antes eram impossíveis», recordando que a petrolífera angolana é actualmente accionista da Galp e o presidente da Sonangol, Manuel Vicente, é membro não executivo do Conselho de Administração da empresa portuguesa.

Entre os negócios agora possíveis está o reforço da participação da Galp no mercado de distribuição de combustíveis em Angola, através da Sonangalp, empresa participada pela Galp e pela Sonangol.

«A curto prazo, vamos ter mais cinco postos de combustível, todos em Luanda, e depois vamos crescer no resto do país», revelou.

Relativamente ao sector petrolífero, Fernando Gomes recordou que a Galp já investiu em Angola cerca de 850 milhões de dólares, dos quais 220 milhões apenas este ano, o que a torna no «maior investidor português» naquele país africano.

«O investimento tem sido rentável», afirmou o administrador da Galp, salientando que «o sucesso de algumas descobertas feitas em blocos de exploração de que a Galp faz parte tem permitido que estejamos agora a colher os frutos da sementeira feita ao longo dos anos».

Segundo Fernando Gomes, a Galp, além dos blocos petrolíferos que já estão a ser explorados, tem ainda uma participação num bloco on-shore no enclave de Cabinda que ainda não começou a ser explorado.

A exploração deverá começar logo que o governo angolano considere que existem condições de segurança, atendendo a que a zona necessita de ser desminada.

Quanto a participações em novos blocos de exploração petrolífera, Fernando Gomes salientou que, caso as autoridades angolanas lancem novos concursos, «a Galp não ficará de fora».
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