O Governo apresentou esta quinta-feira um conjunto de 12 programas destinados a alcançar 10 por cento de eficiência energética até 2015, que passam pela adopção de medidas nas áreas da fiscalidade, transportes, indústria e reabilitação urbana, entre outras.
Segundo a agência «Lusa», com estas medidas inseridas no plano de acção Portugal Eficiência 2015, o Governo compromete-se a superar os objectivos de eficiência energética prevista na directiva europeia dos serviços energéticos (8 por cento) e ambiciona diminuir a factura energética do país em 1%, até 2015.
Entre as novidades do plano de acção, está a introdução do conceito de fiscalidade verde, que vem criar novos regimes de tributação automóvel e dos combustíveis industriais, além de um regime de amortizações aceleradas para equipamentos e viaturas eficientes.
Os incentivos fiscais à micro-produção e o alinhamento progressivo da fiscalidade com o sistema de certificação energética dos edifícios (benefícios fiscais para edifícios A ou A+) são outras das medidas contempladas.
Incentivos e financiamento
Ao nível dos incentivos e financiamento o Governo preconiza ainda a criação de um fundo de eficiência energética e prevê a atribuição de créditos bonificados e prémios por redução do consumo eléctrico para investimentos em eficiência energética, com enfoque na reabilitação urbana.
No sector dos transportes estão previstos três programas com os quais o Executivo espera reduzir em 20% o parque de veículos ligeiros com mais de 10 anos e diminuir na mesma ordem as emissões médias de CO2 dos veículos novos vendidos anualmente (de 143g/km em 2005 para 110g/km em 2015).
A criação de planos de mobilidade urbana para capitais de distrito e centros empresariais com mais de 500 trabalhadores é outra das metas.
Com os três programas desenvolvidos para a área residencial e dos serviços, o Governo quer ver 1 em cada 15 edifícios com água quente solar e ter 75 mil lares electroprodutores (165 MW de potência instalada).
Espera ainda renovar 1 milhão de grandes electrodomésticos e prevê atribuir benefícios no licenciamento à construção eficiente.
O Governo compromete-se também a desenvolver um programa de incentivos à reabilitação urbana sustentável, com o objectivo de ter 1 em cada 15 lares com classe energética optimizada (superior ou igual a B-).
No sector industrial o Executivo quer chegar a acordo com a indústria transformadora para reduzir em 8 por cento o consumo energético e criar um sistema de acordos de racionalização de energia extensíveis às médias empresas.
Governo lança programas para chegar a 10% de eficiência energética
- Redação
- Lusa/RPV
- 21 fev 2008, 15:46
Medidas na área da fiscalidade, transportes, indústria ou reabilitação urbana
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